Paulatinamente a realidade e a razão vão silenciando o ruído do teatro de fantoches e marionetas, é também o fim de um casamento atribulado que só não necessita de certidão de divórcio porque foi uma vivência maritalmente clandestina.
A UNITA/FPU foi uma invenção de ACJ e Lukamba Gato ao serviço da clara servidão subversiva dependente, foi o ensaio de uma lança envenenada do capitalismo selvagem em Angola, que foi silenciada pela resposta inequívoca de um Povo livre e adulto, que ordeiramente outorgou uma Maioria Absoluta democrática ao patriotismo de João Lourenço e do MPLA.
Mas há resíduos desta incongruência, tendo sido a UNITA/FPU uma ficção que esbarrou na Lei, qual o papel do Bloco Democrático e do inexistente PRA-JA no futuro Parlamento?
Sabe-se que a discussão interna no Galo Negro já começou e está acesa, Abel Chivukuvuku não quer ser deputado, e ACJ deve clarificar a sua liderança depois da estrondosa derrota. As acusações já começaram, as movimentações vêm à tona, e Nélito Ékukui já está a capitalizar a vitória em Luanda, enquanto ACJ foi inapelavelmente derrotado na sua terra natal, com um terço dos votos do MPLA.
É sabido que a esmagadora maioria das dezenas de filhos de Jonas Savimbi e os samakuvistas não votaram na UNITA/FPU, e mesmo com a intensa interferência dos saudosistas e alienados portugueses, ACJ já caiu em desgraça, e se é verdade que até Tchizé e Isabel dos Santos já se distanciaram publicamente, em família ACJ afirma querer assegurar influência no Partido para se candidatar ao município de Benguela em futuras eleições autárquicas.
Enquanto João Lourenço encerrou o Acto Eleitoral com dignidade, humildade, mas com determinação, conferindo estatuto de modernidade, renovação e projecção internacional, constatamos valores e princípios que por vezes se obscurecem em verborreias intestinas, e as diferenças não podem ser ignoradas nem esquecidas, em democracia há ciclos que repetem, e é com amargura que vemos uma Tchizé dos Santos mergulhada num erotismo escandaloso, trajado de lingerie sexy, tipo meretriz, usando o nome de Angola em meandros promíscuos.
Esperemos pela nova liderança da UNITA, é desejável que se associe à democracia e ao respeito pelas instituições, Angola necessita de uma Oposição respeitadora e participativa no edifício do Estado de Direito democrático, oxalá a renovação traga um novo prazo de validade.
Felicito o Partido Comunista Português, que pela voz do seu Secretário Geral, informou levar ao Parlamento e à autoridade reguladoras da comunicação social, um voto de protesto da interferência escandalosa do jornalismo português em Angola.
Uma vergonha que gerou indignação.