Angola é o único país do mundo onde um partido e “associações cívicas” põem em causa a contratação da empresa que assegura a logística eleitoral. Mas também é o único país do mundo que tem uma seita satânica a liderar a Oposição, que dá pelo nome de UNITA. A Igreja promove a Caridade. Assim imploro que uma alma caridosa explique aos sicários do Galo Negro que os votos são introduzidos numa urna inviolável. Quando encerram as urnas, esses votos são contados pelos delegados de todos os partidos. Apurada a votação é elaborada uma acta assinada por todos. É impossível fazer batota. Porque cada partido fica com os resultados apurados em cada assembleia de voto.
Isto é fácil de compreender para quem quer mesmo ir a eleições, para quem aceita a democracia e aceita fazer o jogo democrático. No processo eleitoral, o mais importante é preparar os membros de cada partido que vão fiscalizar as mesas e assembleias de voto. São milhares em todo o país. Já deviam estar formados e a fazer simulações. Mas nada. Como não fazem o que devem, enganam a opinião pública com suspeitas de fraude muitos meses antes das eleições. Plantam “notícias” nos Media que não têm a mínima adesão à realidade.
A empresa espanhola que ganhou o concurso para fornecer a logística eleitoral é apresentada como perita em fraudes. Mas ninguém explica como é possível meter votos nas urnas, sem ser por meio dos votantes, á vista dos delegados dos partidos. Como é possível alterar actas assinadas por todos. Como é possível alterar os resultados apurados. Como é possível ganhar eleições sem a maioria dos votos. É impossível. E eles sabem disso. Lançam a confusão para subir a abstenção. Se o partido que ganhar as eleições tiver menos votos que a soma dos que não foram votar, coloca-se um problema de legitimidade democrática. É isso que eles querem.
A UNITA pode fazer estes jogos antidemocráticos, porque em rigor só mesmo os membros da seita satânica (incluídos os padres e bispos da Igreja) acreditam nas aldrabices. Mas nove organizações cívicas tocarem o mesmo disco já admira. Mas não muito. Porque todas elas recebem dinheiro da CIA e do Pentágono. Leiam os seus nomes: Friends of Angola (estes recebem quilos de dinheiro), Observatório de Imprensa, SOS Habitat, Associação Construindo Comunidades, Organização Humanitária Internacional, Observatório para Coesão Social e Justiça, Jango Cultural, Handeka e a MC-MUDEI.
Cuidado! Os camones estão metidos na tramoia. Nunca tinham ido tão longe nas manobras de emporcalhar Angola e o seu bom nome, enquanto democracia avançada que esmagou o regime da África do Sul, considerado pela ONU como um crime contra a Humanidade.
O Povo Angolano derrotou o colonialismo, outra mancha ignominiosa na honra da Humanidade. O Povo Angolano ajudou a libertar África dos regimes racistas de Harare e de Pretória. O Povo Angolano ajudou a libertar a Namíbia da opressão da África do Sul. O Povo Angolano ajudou a libertar o Povo Sul-africano do regime de apartheid. O Povo Angolano ajudou a libertar Nelson Mandela. Mais nenhuma democracia no mundo fez tanto pela liberdade. Nenhum país no mundo fez tanto pelo continente africano. Então haja respeito.
Rui Falcão, dirigente do MPLA de altíssimo nível, deu uma entrevista à LAC e disse que “nós estamos bastante interessados na presença de observadores internacionais nas próximas eleições, até porque queremos mais uma vez mostrar o nível de organização e de qualidade com que as realizamos, isso só nos favorece”.
Bem visto. Venham os colonialistas ressabiados de Lisboa. Venham os vendedores de tanques Oliphant ao regime racista de Pretória. Sim, aqueles paquidermes blindados que ficaram para sempre nas anharas do Cuando Cubango. Venham daí os vendedores de aviões Mirage e outras máquinas de guerra voadoras com as quais os racistas de Pretória mataram milhares de civis angolanos e namibianos indefesos. Venham os agentes da CIA e do Pentágono aprender como se organizam eleições sem dar hipótese a Trump de invocar fraude eleitoral. Venham todos aprender com os angolanos a respeitar os adversários, mesmo aqueles que não se respeitam a si próprios, como é público e notório no caso da UNITA.
Mas preferia que fosse vedada a entrada em Angola a esse lixo humano. Angola não tem nada que provar a ninguém. Muito menos a países que têm um passado pesadíssimo de crimes contra a Humanidade. O estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) protagonizou genocídios dentro e fora de portas, o último foi no Iraque e o mais grave foi o lançamento de bombas atómicas sobre Nagasaki e Hiroshima. Continua nesse caminho. França, potência de colonialistas cruéis. Continuam com o seu “ultramar”. Inglaterra, a impudica bacante, pátria de piratas e genocidas. Continua a erguer bem alto a bandeira do colonialismo. Alemanha, holocausto. É esse lixo humano que vai observar as nossas eleições. Tenho pena.
O Presidente Bolsonaro foi a Moscovo. Que horror. O Presidente Putin foi a Pequim. Coisa terrível. Querem dar cabo da Ucrânia que é um estado falido e falhado, desde que surgiram as repúblicas independentistas. Até o ministro João Melo escreveu umas gaguices sobre o tema. Mas ninguém diz o essencial: BRICS. O B é de Brasil. O R é de Rússia. O I é de Índia. O C é de China. E o S é de South Africa (África do Sul). Estou a falar do grupo de estados emergentes, tipo G5. Já existe há muito tempo. Vai andando, lentamente, altos e baixos, mas sempre em frente. Claro que estes países estão unidos na defesa dos seus interesses.
O presidente francês foi a Moscovo, o chanceler alemão foi a Moscovo, o chefe da diplomacia europeia foi a Moscovo e muitos outros. Mas péssimo foi o presidente do Brasil conferenciar com o presidente da Federação Russa. Ou o presidente da Federação Russa conferenciar com o presidente da República Popular da China que tem mais de 90 por cento da dívida externa dos EUA. Angola deve pouco mais de 64 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Sabem quanto deve o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA)? O número vai da Terra à Lua. Impossível quantificar. A República Popular da China é a principal credora. Já arderam!
Alguém se lembra da crise dos mísseis? Eu lembro. A União Soviética despachou para Cuba mísseis de longo alcance. De Cuba a Miami são 500 quilómetros. De Havana a Washington são 1900. O presidente Kennedy exigiu que os mísseis fossem devolvidos à procedência. Por pouco não houve uma guerra entre as duas potências militares. Imperou o bom senso. Mas acabaram os ataques de mercenários a Cuba, o grande lagarto verde de Guillen.
A NATO na Ucrânia? É pior do que os mísseis em Cuba. Perceberam agora?