Constata-se a cada dia que passa a vulnerabilidade e descrédito de Adalberto Costa Júnior, esgotado que está no discurso demagógico, o líder da UNITA é levado ao colo por todos aqueles que nele investiram, mas que veem agora os seus objetivos mais distantes.
A cegueira política e intelectual de vários agentes pagos com mordomias internas e externas, jornalistas, economistas e advogados, obscurece por omissão os ganhos que o país tem registado em vários domínios da sua credibilidade e desenvolvimento.
Assume cada vez mais relevo a oposição declarada da Igreja Católica, diariamente surgem manifestos contra o Governo, insinuações ao Presidente da República, com uma postura arrogante de quem quer monopolizar a sua ação no terreno.
Ontem o Bispo de Cabinda D. Belmiro Cuica Chissengueti, surgiu com declarações que tiveram eco internacional, e que sugerem algumas interrogações:
O que fez a Igreja Católica contra a colonização e a escravatura?
O que fizeram os bispos em defesa das vítimas das guerras e sofrimento do Povo?
Onde esteve o clero católico quando se construíram estádios de futebol para mostrar ao mundo um país a saque que até mereceu a visita de um Papa?
Não é dos pobres e esfomeados de Angola que a Igreja sobrevive e acumula riqueza, e que a liberdade religiosa dificulta cada vez mais o monopólio secular de um Estado do Vaticano rico e poderoso?
Cristo não necessitou de Estados de Emergência para ajudar os desfavorecidos, para alimentar os esfomeados, para curar os enfermos, a Igreja Católica de Angola é cada vez mais parte integrante da disputa política no país, o derrube do Governo está implícito em cada manifesto, em contraste com qualquer outra Ordem Religiosa acreditada em Angola.
Esta posição não assumida declaradamente, é enviesada pela postura de alguns dos seus membros, mas globalmente, sem que haja uma mensagem clara de equidistância, a probabilidade de ser parte do plano em marcha de assalto ao Poder, é mais que evidente.
Há países desenvolvidos, ricos, democráticos, com nível intelectual elevado, cujo património religioso pertence ao espólio histórico cultural do Estado, este comportamento de afrontamento e sectário de proporções ainda obscurecidas, mostram a face ambígua do Vaticano quando se intromete no jogo e deixa de ser árbitro.
E se houver reação? Se não querem que se faça, não deixem que aconteça.