Em ciência a política é a gestão de expectativas, na lógica de planeamento, diversidade e concertação, acertam-se estratégias que impulsionam dinâmicas capazes de mobilizar objectivos. Acontece que num Estado de Direito Democrático, a política partidária tem balizas rigorosas que impõem respeito pelas maiorias, direitos das minorias, e uma calendarização que gere ordem e tranquilidade públicas.
Há um tempo pré-eleitoral onde se confrontam ideias, projetos, sensibilidades, e fora dele o debate e o contraditório decorre no Parlamento onde está proporcionalmente a vontade popular, expressa no Voto universal e secreto nas urnas.
Em Angola desde que a UNITA elegeu clandestinamente Adalberto Costa Júnior, em anomalia e irregularidade confirmada pelo Tribunal Constitucional, instalou-se no país uma permanente tensão com contornos subversivos com insultos perenes aos titulares de Órgãos de Soberania, com especial ênfase ao Presidente da República. Aproveitando o caos provindo da herança de um Estado na penúria, delapidado por uma corrupção generalizada, acrescida de preços irrisórios do petróleo no mercado que cobriam apenas os custos de produção, surgiu a Pandemia COVID, que abalou o mundo ferindo a globalização.
Sem escrúpulos perante a crise orçamental, covarde e oportunisticamente ACJ e a UNITA, recorrendo a métodos ensaiados em 1992, encetou uma escalada de insurreição, aliada a objectivos terroristas externos, financiado por especuladores que sempre estiveram com olhos postos no saque em Angola, e que pela ambição de Poder ao Galo Negro abraçou em parceria de conveniências.
Os apelos à insurreição sucedem-se a uma cadência vertiginosa, a subserviência ao capital selvagem é notória, há dirigentes a agir exclusivamente em armadilhas ao Governo, semeiam medo e pânico, e o país está hoje escrutinado por uma espionagem sofisticada, com mercenários conselheiros que planeiam a conquista do Poder na rua, afrontando o Regime.
Nas hostes da subversão o silêncio de João Lourenço incomoda, o somatório de êxitos internacionais reconhecidos em matéria de combate à corrupção, recuperação económica e execução de uma plêiade de investimentos produtivos, abala as hostes da Oposição, e o mundo com os olhos postos em Angola não abrirá portas à UNITA, estando o Partido cada vez mais dependente da cadeia especulativa.
É com muita pena que nesta fase de recuperação, em que se desenha uma nova Angola, a UNITA e ACJ vivam na cegueira e na ilusão do Poder, não há mostras de concepção de Estado, insiste na terra queimada, em Portugal, França, Vaticano, Israel, Quatar e Dubai, onde deambulam nichos apoiantes, começa a instalar-se a descrença, falam mesmo em incompetência e lunáticos sem qualquer ideia de governação.
Lukamba Gato foi para a África do Sul ao encontro de apoiantes que não apareceram. ACJ refugiou-se uns dias no Dubai porque as portas que esperava abrirem-se, fecharam-se. Em Leiria, um almoço a realizar por João Soares com ACJ, não se realizou por falta de aderências. Isto quando Isabel dos Santos teve alguns revezes mais, e começa a ficar mais circunscrita no seu campo de manobra. O apoio de Tchizé dos Santos a ACJ começou a ser prejudicial à UNITA e está a tornar-se inconveniente.
Lembram-se da bandeira das Autarquias? Os especuladores não financiam minudências…!!!