Inacreditável a forma como Marcolino Moco, em entrevista pública, vem incentivar a Justiça a rebelar-se contra o Estado de Direito. Para um ex-Primeiro Ministro só pode ser tido como vingança mesquinha, esquizofrenia, ou total subserviência a interesses ocultos, mas que se manifestam subversivamente e anarquicamente entre alienados enfurecidos, provocadores e arruaceiros desestabilizadores de rua.
Há coincidências que não são acaso, Adalberto Costa Júnior quis lançar um repto ao Presidente da República, uma promoção para atenuar a sua insignificância, o cerco invisível do tempo cerca-o com a realidade e o sopro do pânico regride em direcção a ele.
Nas redes sociais digitais o entusiasmo recente contrasta com as dúvidas de agora, muita gente vacila, ainda a procissão vai no adro. Em Nota Pastoral da Secretaria-Geral do Vaticano dirigida ao Núncio Apostólico acreditado em Luanda, exige-se equidistância política no território, ainda que a ONG Fantoche AJPD (Associação Justiça, Paz e Democracia), fale em perseguição ao clero em Angola, nomeadamente em Cabinda.
Marcolino Moco desbarata o que sobrava de credibilidade e bom senso que parecia ter num passado recente, a ACJ já não consegue segurar a máscara da demagogia que obscurecia a remota capacidade de governar um município, quanto mais um país.
Mas quanto mais avança a evidência da meta distante sonhada, mais perigosa é a ressaca destes energúmenos, são Kamikazes com alma sem destino que nada têm a perder, vociferam e tentam arrastar multidões para o abismo.
Ignorar estes fantoches e saltimbancos é tão perigoso deixá-los acreditar que o mundo lhes pertence, o desespero contagia, alastra por dentro e por fora, as bases estremecem, a veia oportunista não é nova, vem de longe, e sobressai em gentalha sem valores nem princípios.
Marcolino Moco prova com a sua postura ter sido um oportunista sem escrúpulos até chegar a primeiro-ministro de um Sistema que hoje condena, cedeu ao ímpeto racista e tribalista e tenta escamotear a onda de corrupção descontrolada em que o seu Governo foi um dos protagonistas.
Adalberto Costa Júnior filiou-se com 12 anos, com toda família na UNITA em Quijenge para salvar a pele de português à selvajaria do Galo Negro, deslocou-se para Benguela e foi amparado nos Pioneiros do MPLA até fugir para Portugal em 1979, estudou, viajou, beneficiou de Passaporte português na UNITA clandestina, defendeu-se como cidadão português das Sanções das Nações Unidas que embargaram a UNITA internacionalmente, e na nesga de oportunidade política renunciou à nacionalidade portuguesa, divorciou-se para casar com uma jovem negra, útil à propaganda selvagem sem escrúpulos nem dignidade.
Já há repulsa no interior da UNITA, já é visível e sem medo, os traumatizados da ignomínia e opróbrio da selvajaria, as meninas, hoje mulheres usadas e abandonadas pelos trogloditas, aos mutilados esquecidos, os aldeãos saqueados e condenados à penúria, os familiares dos fuzilados, queimados e condenados à morte pela defesa da dignidade, a esses a dor não cala, e na hora da verdade sabem dizer NÃO.
Entramos em ano de eleições, o Presidente da República garantiu a realização atè Agosto, é sério, vai cumprir, mas as provocações, infâmias, insultos e até ameaças são agora contabilizadas e terão resposta adequada, da maioria revoltada silenciosa emergirá quem silencie a desgraça, e então na hora da verdade ouvir-se-á a voz do Povo, que reza a história é a voz de Deus.
E Deus é Justiça…!!!