Isso tem-se vindo a reflectir desde o início, quando o executivo angolano sob a liderança do Presidente João Lourenço, assumiu um protagonismo, não só regional, mas também continental, na prossecução da defesa de valores democráticos e em prol da paz em África.
No caso da CIRGL (Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos), essa responsabilidade e empenho é ainda mais notória e irrefutável, levando também em consideração que o Secretário executivo da organização é o angolano João Caholo.
Na semana transacta, Luanda foi palco da reunião dos coordenadores nacionais da CIRGL. Logo no início, João Caholo afirmou que no topo da agenda da organização está o reforço da gestão conjunta das fronteiras na região, por forma a mitigar as actividades criminosas transfronteiriças e o terrorismo. Sublinhou também que as bases dessa aposta assentam na defesa da paz, segurança e o desenvolvimento económico. Igualmente fundamental e sustentado nestas premissas, a organização espera assegurar uma rápida implementação dos instrumentos contra a exploração ilegal dos recursos naturais, reforçar a cultura democrática e o aumento da participação de mulheres e jovens na vida política.
Por seu lado, o Director da Direcção África, Médio Oriente e Organizações Regionais, o embaixador Miguel Bembe, assegurou igualmente a aceleração da efectiva implementação do Pacto e dos Protocolos Regionais para uma maior democracia e segurança e facilitar a cooperação e o desenvolvimento tão desejado.
O balanço sobre os progressos feitos nesta organização, são de uma forma geral positivos. Contudo, o Embaixador, lembrou que é preciso continuar vigilante e trabalhar em prol da paz, estabilidade, segurança e desenvolvimento na Região dos Grandes Lagos. De acordo com o diplomata, “o incentivo dos Estados-membros à promoção de uma organização político-administrativa eficaz, eficiente e democrática, que garante a prestação dos serviços básicos aos seus cidadãos e à autoridade de Estado” é uma das matérias mais importantes já no presente.
Uma outra questão enfatizada durante a reunião de Luanda, diz respeito à estabilidade na região. Esta, naturalmente está dependente da evolução interna dos países, e que necessitam ainda de reconstruir a economia sub-regional, para que as populações possam tirar proveito das suas riquezas e estabelecerem mecanismos eficazes para o reforço da cooperação e da confiança entre os Estados, para a restauração de uma dinâmica regional assertiva.
Realce também para o facto de ter sido lembrado as contribuições financeiras que cada Estado membro deve providenciar para o funcionamento da CIRGL. Caholo destacou que apenas metade dos países tem cumprido com as quotas, e considerou que é muito importante que os Estados em falta cumpram com as suas obrigações para que o secretariado desempenhe o seu papel de coordenar todas as iniciativas regionais.
Além de Angola, são membros da CIRGL o Burundi, República Centro Africana, República Democrática do Congo, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia, Rwanda, Uganda, Zâmbia, Quénia e República do Congo.