Desconheço se há preceito legal que contrarie, porém, o peditório é para a UNITA uma afronta à ética republicana, e procede de uma maquillage política e moralmente desonesta, que revela falta de carácter dos protagonistas.
Ouvimos em discursos inflamados dos tiranos, a permanente exploração da pobreza, desnutrição infantil, é a plena idiossincrasia da podridão, mas não escuto um único pedido para que haja mais vacinas, não se vê uma ideia construtiva que incentive emprego e investimento, pelo contrário, pede-se porque brada aos céus, que os donativos sejam feitos secretamente, à boa maneira da lavagem e branqueamento de capitais, numa hedionda ação de exploração dos humildes que só os boçais e clandestinos abraçam esta sabotagem económica.
Isto é demonstrativo do que poderia ser um país governado por esta gentalha, um Partido despido da sua autoridade, terra queimada sem Lei, com milícias em cada rua em ajustes de contas promovidos a heróis, que como os seus parceiros da Guiné Bissau, logo fariam de Angola um berço do terrorismo, de cartéis de droga ou de fundamentalismo islâmico, como foram as zonas ditas controladas pela UNITA em que se ouvia falar de feitos fantásticos, escolas, hospitais, etc., propaganda paga a peso de ouro com diamantes de sangue e ouro da escravidão, que hoje se revelam nos escombros da mentira.
Hoje como ontem, com sangue suor e lágrimas, pede-se aos humildes em plena crise para financiarem festas, Jonas Savimbi chegava a ocupar os hotéis mais luxuosos na Europa, com “room service” cinco estrelas, com grupos de prostitutas de luxo para os seus príncipes, limusines à porta em permanência, e compras nas altas boutiques internacionais, é essa a herança de ACJ e Chivukuvuku, foram malas de diamantes para Antuérpia e para o Burkina Faso, ontem como hoje, na mente dos herdeiros está a Servidão Voluntária.