Um diplomata europeu em Luanda dá-lhe no que reporta ao seu governo o “epíteto” de “baile das máscaras”, o clima de permanente insurreição em Angola patrocinado por uma Oposição com perene postura de terrorismo de Estado, tal é o auto convencimento de impunidade.
O ruído repetitivo e idiossincrático de Adalberto Costa Júnior, agora assumido pela Frente Patriótica Unida, encontra eco e cumplicidade em José Eduardo dos Santos e seus templários, a cruzada comunga os objetivos ocasionais e oportunistas, porque é uma união interesseira, sem honra nem substância que não o desafio ao Estado de Direito e à desordem pública, substrato do medo que alimenta o caminho até à meta.
O Governo e João Lourenço multiplicam elogios internacionais e a credibilidade de Angola está em alta na cena planetária, nos Estados Unidos teve uma agenda ao mais alto nível empresarial, em Espanha conferenciou com o Chefe do Governo, cogita-se até uma próxima viagem ao Parlamento Europeu porque os blocos de vanguarda geopolítica exigem Angola mais representada no seio das Nações Unidas e Organização de Unidade Africana, tem sido apreciado o papel fundamental de Angola na Região Austral.
A FPU onde pontifica a UNITA e a porta voz do caos Mihaela Weba sobrevive sobre escombros, com vacuidades semeiam o caos e pelo pântano acotovelam-se em busca de protagonismo, mas Angola não está imune aos problemas do mundo, a Pandemia causou morte, crise económica e social, e João Lourenço recebeu como herança um país endividado, dependente de petróleo a preços abaixo dos custos de produção, um serviço de dívida insuportável, vertentes fundamentais que passam ao lado de quem não entende o esforço de governação e a cegueira do Poder os coloca alheios ao mundo em que vivem, evidências de quem nunca largou a visão ruralista e andou tanto tempo escondido da civilização.
A FPU com o dinheiro dos “marimbondos” pode financiar a rede clandestina que atua na rua e nas redes sociais digitais, pode comprar espaços em jornais portugueses e financiar manifestações em grandes cidades, mas a dignidade, prestígio e reconhecimento não se compram nem se compaginam com o analfabetismo funcional e ignorância diplomática, muito menos com ausência de ética e moral patenteadas na falta de craveira intelectual.
O tempo ajuizará a marcha folclórica barulhenta, foi sempre o tempo o maior inimigo da UNITA, será o tempo mais uma vez a dar respostas de um Povo modesto, humilde, mas que sabe quem é quem no seu chão, onde o Galo Negro e seus agentes ainda têm muito que explicar.