Agitam-se os cruzamentos de rua e avenidas da política angolana, o filho desavindo regressa a casa do pai, é a força do ADN, e deixa o galo oportunista preso na capoeira.

Na sanzala dos gentios o desassossego é geral, multiplicam-se olhares incrédulos, e com dedos em riste a inquietude gera cobrança com o toureiro na arena, aplaudido pelos desatentos, mas sem touro para prosseguir com a tourada.

José Eduardo dos Santos não regressa apenas a Angola e a Luanda, volta como proeminente figura do MPLA, hoje, na qualidade de militante, com direito de cidadania num Estado de Direito. É triunfo indiscutível de João Lourenço e de todos os seus conselheiros, no silêncio da envergadura de Estado, com a acção discreta da Inteligência, esperou o “timing” exato de ACJ e a UNITA se comprometerem na dependência e na vertente política, recolhendo os louros deste regresso surpreendente e capitalizando para o MPLA o silêncio a que a UNITA terá de submeter-se.

No plano internacional a UNITA sucumbe pela sua incapacidade e vulnerabilidade, e a reconciliação de José Eduardo dos Santos com o seu chão, é uma mais-valia incontornável para o triunfo eleitoral numa Angola rumo ao desenvolvimento.

Roma nunca pagou a traidores…!!!