Por uma nesga de lucidez, cansado de negas e rejeições no seu périplo europeu, perdendo a confiança dos seus pares e sentindo o afastamento evidente de Isabel e Tchizé dos Santos, Adalberto Costa júnior voltou a Luanda acelerando a Coligação Eleitoral, crente de que a UNITA só não é o suficiente para garantir o caminho para o Palácio da Cidade Alta.
Absorvidos e dominados pela intensa campanha nas redes sociais e pelos discursos inflamados e balofos de ACJ, Chivukuvuku, Vieira Lopes e Justino Pinto de Andrade caucionam o oportunismo cego do líder dos kwatchas, mas a redoma dos privilegiados é demasiado pequena para tanta gente e na hora dos lugares as comadres vão amuar.
Previ e aconteceu que a viagem de João Lourenço à Turquia seria um êxito, são investidores colossais na Europa no Brasil e no mundo, e Angola vai solidificando a sua credibilidade internacional como constatam todas as instâncias globais, isto enquanto a UNITA nem em África consegue abrir portas com a sua vacuidade.
Em Lopitanga não foi a sepultar Jonas Malheiro Savimbi, foi também o fim da UNITA de Muangai, lá estiveram nas exéquias os traidores e oportunistas que se abotoaram com a herança do “Mais Velho”, esses mesmos que juram fidelidades ancestrais mas se grudaram às mordomias de Luanda, dispondo de mansões no estrangeiro e escravos no quintal, copiando em tudo, tudo mesmo, os “marimbondos” do MPLA.
As mentiras começam nos doutores, engenheiros e generais, uma multidão sem cursos ou licenciaturas algorados em doutores, escriturários que viraram generais para efeitos de reforma, caminhos ínvios percorridos na oportunidade partilhada com José Eduardo dos Santos, para ocultar uma rendição que completaria a traição ao Fundador do Partido, a troco de um iluminismo bacoco baptizado de Reconciliação Nacional, gerida entre traições, omissões, cumplicidades e clandestinidades, enquanto verdadeiros ex-combatentes continuam ostracizados. Não é necessário em política ser doutor ou outro título qualquer, mas é repugnante mentir e persistir numa mentira como o falso engenheiro Adalberto Costa Júnior.
O tempo começa a complicar as contas a ACJ, o desespero acumula-se, a desorientação esconde-se por detrás de discursos ensaiados, até o silêncio de Samakuva está a deixar a “Task Force” nervosa, a sua amizade com JLO arrepia e tira o sono aos que mandam os jovens para as ruas a troco de promessa vãs, controlando nas imediações comodamente instalados no ar condicionado das sua viaturas de luxo, e nada muda senão as viagens de turismo de ACJ e outros dirigentes.
O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Primeiro-Ministro António Costa, recusaram encontros com ACJ, este viajou para não ser humilhado, até o Presidente da Guiné Bissau trancou a porta por incumprimento do que ACJ concertou consigo quando recebeu, em Bissau, o dinheiro do emissário de Zédu.
A linguagem dúbia que alterna eleições com a queda iminente do Governo, mostra como o Galo Negro está a gerir os seus propósitos, a incitação ao tribalismo, racismo e separatismo, são a mensagem de quem está por tudo, o fomento de divisão nas Forças Armadas e na Polícia, são instrumentos preparativos de quem não respeita as Instituições, o Estado de Direito, a Ordem Pública, e as elementares regras da Democracia.