A intensa coreografia assente no minimizar da capacidade cultural e intelectual de um Povo, é a prioridade de um naipe de dirigentes que deliram diante de assembleias de alienados por promessas e mentiras que valem uma mão cheia de nada. Todavia, não impede de ser perigoso para o Estado de Direito e desafiante para quem quer manter a integridade pública, a avalanche de contra informação, esgota a paciência e dilui-se no tempo que acumula derrotas repetidas dos feiticeiros ruralistas.
ACJ recebeu conhecimento empresarial durante 30 minutos na Alemanha, rezou num anexo do Vaticano para materializar o sonho, enquanto os seus senadores exaltavam conquistas diplomáticas balofas, e debitavam decibéis contra os portugueses que valorizavam Angola internacionalmente e legitimavam João Lourenço como o rosto de um tempo novo.
Os heróis levados a arena para que a arquibancada aplaudisse, com cenário de milhões no palco, é truque gasto que alimenta a néscia ilusão, é o ruralismo deslumbrado com valores e princípios fúteis para esconder idiossincrasia marimbondista que envolve a actual promiscuidade que indica o abismo.
A UNITA arrasta-se contorcida em ódio e cegueira, esconde-se do patrocínio da dignidade nacional, não é mera coincidência, o seu líder ACJ ausenta-se do papel de oposição sempre que o país está em alta, como foi agora com a cimeira da CPLP a birra isola-o e assim está cada vez mais só.
Proibir ou condenar quem muda de Partido político é condenar a essência da própria Democracia, Jonas Savimbi esteve no MPLA, na FNLA e liderou a UNITA, no espaço e no tempo colaborou e combateu os portugueses, aliou-se aos sul-africanos do Apartheid, foi maoista e pró-americano, e hoje o Galo Negro é a sobra do pior da sua herança.
Nunca a UNITA na sua existência teve inimigo tão feroz como José Eduardo dos Santos, mandou cavar a sua sepultura, derrotou-a militarmente e mandou eliminar o seu líder, triunfante foi misericordioso e até ensinou a lição dos marimbondos aos rendidos, hoje vislumbramos sem dificuldade convergências reais em prol da destabilização do sistema, proclamando ínvios caminhos de controlo da Justiça por parte do governo, próprio do totalitarismo evidente.
Constata-se a fragmentação da UNITA a olho nu, Samakuva ostracizado, Sakala marginalizado, Numa usado, Danda eliminado, Gato e Dachala no comando com Manuvakola da Renovada, alguns idiotas úteis e mais uns patetas líricos legitimam um Poder anárquico na rua, vulnerável, sem controlo, abrindo feridas por onde sangra uma Nação. E se a exemplo de Jonas Savimbi, que deixou o MPLA e a FNLA, e de Manuvakola com a Renovada, Samakuva, Sakala, e outros mais, criassem uma Nova Renovada e implementassem uma estrutura dialogante com o MPLA, assumindo-se como uma Oposição verdadeiramente democrática?
Parecem cenários irrealistas, mas ACJ nada mais fez do que vir à Europa abrir caminho para o futuro emprego na porta do quintal, as certezas metamorfosearam-se em dúvidas, e o chão calcorreado transformou-se em areias movediças, daí a confessável hesitação de Chivukuvuku e a rampa de lançamento de Sapinala, Ékuikui, e até Mihaela Weba de quem os dinossauros levantam muitas incertezas de fidelidade.
A história de Angola, aos vindouros, com certeza irá narrar os escombros da UNITA que sobraram da sua aniquilação em 2002.