Agitam-se as galinhas porque no âmago da questão está o sonho do poleiro, nada ao acaso, a dinâmica está instalada, descontrolada, com efeito da rua e da arquibancada, numa arena em que a irresponsabilidade e a limitação de visão de Estado impõem respostas adequadas para evitar males maiores.
Em Lisboa está instalada na zona de Alvalade um “call center” dirigido por uma portuguesa e um brasileiro, onde dois angolanos e duas angolanas debitam mensagens meticulosamente preparadas nas redes sociais digitais, nomes fictícios e até erros ortográficos na lógica do “markting” político, e é cada vez mais claro, para os observadores, que o objectivo é o Poder antes de eleições.
Há silêncios comprometedores, a ala bélica da UNITA está activamente silenciosa, e Adalberto Costa Júnior não consegue demarcar-se dos monstros que emergem do lodaçal porque ele mesmo é o criador do pântano.
Pode um partido político, líder da oposição, com responsabilidades de Estado, com assento parlamentar, permitir que parceiros de rua insultem descaradamente o Chefe de Estado e com ameaças veladas de tomada do Poder selvaticamente? Podem as instituições que garantem o normal funcionamento do Estado, que cumprem e fazem cumprir a Constituição da República permitir que se fragilize o Governo eleito com linguagem insultuosa e anárquica que desprestigiam o Estado em todas as suas vertentes?
ACJ lidera o Galo Negro com duas faces, uma mobilizadora do partido, outra mobilizadora do descontentamento público nesta fase de pandemia.
Porque escondeu ele em Malange a oferta de viaturas adquiridas com os fundos dos marimbondos?
Porque não se demarca como líder da UNITA das acções do DAESH no norte de Moçambique e dos dinheiros do Qatar que financiam o expansionismo islâmico e tem na Guiné Bissau o seu posto avançado na África Ocidental?
Vale tudo?
Em política gerem-se expectativas mas devem estar atentas as autoridades reguladoras na gestão dos sinais que fragilizam a normalidade, num momento em que se evidenciam melhorias económicas em Angola, em que se nota o esforço de desenvolvimento descentralizado, há acções que contrariam e distorcem a realidade; a UNITA continua a incentivar e a mobilizar gente das províncias para Luanda para avolumar o caos demográfico e inchar o descontentamento, e certos analistas como o economista Rosado de Carvalho que ilustram sempre as suas intervenções com o pessimismo dos interessados em desestabilizar Angola.
Não há almoços grátis…!!!