Os imbecis úteis

ByAnselmo Agostinho

6 de Dezembro, 2025

Com segurança e fiabilidade, para variar, a PGR divulgou a sua acusação contra os russos. O que fizeram as oposições? Tremeram.

Em vez de denunciar uma absurda tentativa de ingerência externa, que no final de contas perturba a soberania de Angola, qualquer que seja o partido no poder, apressaram-se a apoiar os russos, a desvalorizar a acusação, a dizer que tudo não passou de conversas inocentes (não foi, e abundantes documentos provam isso).

De Rafael Marques a Gangsta aos porta-vozes da UNITA, tudo fez um coro para desvalorizar a acusação. Não percebem que estão a fazer o velho papel de imbecis úteis. A expressão “imbecis úteis” ou mais conhecida como “idiotas úteis” é frequentemente atribuída a Lénin.O termo passou a circular no Ocidente, sobretudo durante a Guerra Fria, para designar pessoas que, sem perceber, acabavam a servir os interesses da União Soviética ao defender ou justificar o regime comunista. Eram intelectuais, jornalistas ou viajantes que, movidos por simpatia ou ingenuidade, divulgavam uma imagem positiva do sistema soviético sem compreender sua natureza autoritária. Com o tempo, a expressão ganhou um sentido mais amplo e passou a ser aplicada a qualquer indivíduo que apoia uma causa política ou ideológica sem perceber que está sendo manipulado, funcionando como instrumento involuntário de líderes ou movimentos.

Ora, em Angola a multidão de imbecis úteis acumula-se. Desvalorizam as actividades criminosas dos russos, atacam o projecto do Corredor do Lobito, querem que Angola seja novamente uma colónia, de Portugal (os que aplaudem o Chega), da Rússia ou da China.

A dúvida que fica com tanta estupidez, é se são mesmo imbecis úteis ou traidores avençados que apenas têm como objectivo a subversão do regime constitucional angolano.