O nosso País sofre com os efeitos colaterais dos vulneráveis governos africanos, que se tornam centros de ensaios e rampas de lançamento para ameaças reais generalizadas no nosso Continente.
Olhando para o balanço do XIV Congresso da UNITA, vejo com apreensão a ascensão de uma ala belicista e sempre ligada à sabotagem, liderada por Simão Dembo, uma extensão militarista da matriz do pensamento do verdadeiro monarca do Partido, Lukamba “Miau” Gato.
Colocar a portadora de multi identidades Navita Ngolo/Ekuva Estrela/Albertina Ngolo, filha de Manuvakola, como líder do Grupo Parlamentar é a vontade intrínseca de desvalorizar a Assembleia Nacional, mesmo porque instalou-se uma dúvida angustiante nas hostes do Galo Negro, a necessidade de recuperar a FPU, sob pena dos deputados do PRA-JA e do BD, mais os que emergem do descontentamento da forma como decorreu o XIV Congresso, com a quase humilhação de Rafael Massanga Savimbi, pode estar conseguida a Maioria Qualificada para que se proceda a uma Revisão Constitucional, imediatamente.
Acrescido o facto de Higino Carneiro, ser constituído arguido em Angola e Portugal, e provavelmente em França, a ideia generalizada que Fernando da Piedade Dias “Nandô” dos Santos, pode ter o mesmo fim, faz recuar qualquer tentativa de minar o Grupo Parlamentar do MPLA.
Sobre Higino Carneiro, ainda está por apurar a teia de corrupção de milhões de dólares, encetada quando Ministro da Reconstrução, com o gabinete de arquitectura português sedeado em Joanesburgo, quando do projecto e execução das obras de requalificação da Marginal de Luanda.
Na UNITA, Kamalata Numa, no decorrer do Congresso, pressionado por conselheiros províncias descontentes com o ostracismo dos antigos combatentes, mostrava a desagrado pela falta ausência total de transparência nas contas do Galo Negro.Os 91% do bacharel tirano psicopata, mais que intrujão, ACJ “Betinho”, está muito longe de representar união e consenso, o Partido sai ainda mais fragmentado e houveram dissidências no decorrer do Conclave. Daí a imediata necessidade de retornar ao esconderijo da FPU, mesmo clandestina.
João Lourenço, por imperativo nacional, não pode retroceder nos propósitos anunciados e repetidos desde 2017, a Refundação e Reformulação do Estado assente numa Nova Constituição da República, é inadiável como é a necessidade de um Pacto Nacional liderado pelo Senhor Presidente da República, para que tenhamos uma via aberta para o desenvolvimento e valorização económica e social, para que se dignifique a Cidadania e se implante uma Nova República.

