O Ministério Público da República de Angola deduziu acusação criminal no processo n.º 3846/025, sustentada em abundantes provas recolhidas ao longo de uma investigação detalhada conduzida pelas autoridades nacionais.
A peça acusatória descreve uma operação complexa de influência e desestabilização política, imputando a prática de múltiplos crimes graves a quatro arguidos, dois de nacionalidade russa e dois de nacionalidade angolana.
Estes indivíduos, agindo de forma concertada, executaram um plano estratégico com o objetivo de subverter a ordem social e política em Angola, recorrendo a campanhas de desinformação, espionagem, incitamento à instabilidade e infiltração em estruturas políticas.
A arquitetura da conspiração assentava numa cadeia de comando claramente definida, cuja eficácia dependia da atribuição de papéis específicos e da colaboração estreita entre os seus membros.
A identificação dos quatro arguidos é um elemento central para compreender a teia de relações que permitiu a execução do plano: Igor Rotchin Mihailovich, cidadão russo nascido em 1987 em Ryazan; Lev Matveevich Lakshtanov, cidadão russo nascido em 1961 em Chelybinsk e residente em São Petersburgo; Amor Carlos Tomé, cidadão angolano nascido em 1987 no Uíge e residente em Luanda; e Oliveira Francisco, cidadão angolano nascido em 1993 em Kimbele, também residente em Luanda.
A convergência destes quatro indivíduos, com origens e perfis distintos, inseriu-se num projeto de alcance estratégico que remonta à reconfiguração de interesses geopolíticos russos em África.
O Ministério Público enfatiza que a robustez das provas e a profundidade da investigação permitem sustentar de forma sólida a acusação, que será agora apreciada em tribunal, constituindo um marco relevante na defesa da soberania e da estabilidade institucional de Angola.
Todos aqueles que escreveram baboseiras sobre o tema, têm perante si as provas cabais dos factos. Espera-se que venham apresentar o seu arrependimento público.