Não sou advogado, mas custa-me ver a Ordem dos Advogados entregue a crianças deslumbradas com o acesso ao poder, que estragam a reputação da profissão.
Deslumbrado com o seu ego, o Bastonário especializou-se em discursos redondos de agrado à oposição, com impacto nas redes sociais, mas sem qualquer substância. Cada vez mais pateta.
Agora veio fazer um suposto desassombrado discurso sobre a corrupção no poder judicial. Contudo, ouvindo o discurso não há uma referência concreta, um dado objectivo. Apenas conversa fiada de mesa de café barato. O seu amigo Rafael Marques é muito mais coerente. Quando faz denúncias, apresenta as queixas com factos à PGR. É demagogo, mas fala com base em factos.
O Bastonário não faz nada disso, diz que há corrupção no poder judiciário, como podia dizer que há unicórnios na baía de Luanda. Tudo dito no ar, sem provas.
Uma PGR séria chamaria de imediato o Bastonário para apresentar os seus dados e as suas provas, e se estas não existisssem, instauraria uma instrução criminal contra ele por ultraje aos órgãos de soberania. Não vale tudo, a Ordem dos Advogados não é o Parlamente ou uma tribuna política. Há que ter juízo.

