Nada é por Acaso

ByKuma

28 de Novembro, 2025

O influente político francês do séc. XX, André Malraux, repetia vezes sem conta que nas tribunas nada se diz ao acaso, e quase sempre o que parece é. Há uma campanha entre Lisboa, Roma, Luanda e mais soft em Brasília, para tirar protagonismo ao MPLA e fragilizar o Governo liderado por João Manuel Gonçalves Lourenço. 

O lapso do Secretário Geral da ONU, António Guterres, a encenação de Marcelo Rebelo de Sousa, repetidamente elogiada pela oposição, a insistência de intromissão política de um sector da Igreja Católica, investigado e esmiuçado, tem base na ala mais radical e poderosa do Vaticano, a Opus Dei.

Há muito que o bacharel tirano psicopata intrujão ACJ “Betinho”, é uma marionete de todos este jogo de interesses, e estes são de monta, travar a postura anticorrupção impulsionada pelo Senhor Presidente da República, garantir protagonismo secular da Igreja Católica em Angola, proteger Isabel dos Santos, mesmo porque o que até então era dado como adquirido, os volumosos investimentos de José Eduardo dos Santos no Banco do Vaticano, caíram no esquecimento no esquecimento e secretismo dos deuses.

João Lourenço e a sua esposa Ana Dias Lourenço, são um altar de promessas de reformas douradas no estrangeiro, são hinos à hipocrisia dos interesses, que volta e meia, tentam antes de mais furar o bloqueio da confiança e estabilidade partilhada com a fidelidade de Fernando Garcia Miala, sempre com a intenção de fragilizar o Poder e abrir caminho à tal alternância, sem que haja verdadeiramente uma alternativa, sabendo-se que até pode ter como saldo uma anarquia de consequências imprevisíveis.

Ainda assim, vamos ter a partir de hoje ruído de uma continuidade anunciada, a UNITA vai cumprir datas estatutárias, vai montar um palco autárquico, vai dedicar momentos de maledicência à justiça e mentiras impregnadas de veneno contra a Polícia Nacional e prisão de cidadãos terroristas, prevaricadores, tidos como inocentes pela visão torpe, ignominiosa, de uma oposição cada vez mais distante da realidade do nosso.

E as contradições somam-se e são públicas, o patrono do Galo Negro, Lukamba “Miau” Gato, escreveu, discursou, dezenas de vezes constra as opção do Governo, o que disse sobre o Novo Aeroporto Internacional AAN, mas esta semana mesmo teceu o maior elogio à obra acabada pela determinação de João Lourenço, quando começava a entar e degradação irreversível, mas fê-lo por se serviu dele e sentiu-se orgulhoso ao poder usufruir de uma infraestrura, cono assinala, ao nível do que de melhor existe em África. É o exemplo acabado de quem critica sem conhecer, como em tantas outras coisas.

Angola nos últimos anos ultrapassou o círculo vicioso da Lusofonia, Portugal teme pelos investimentos cujos proveitos jamais o País usufruia, o Brasil sempre alimentou em Angola uma teia de corrupção privada com custos para o Estado angolano, e o Vaticano beneficiou de fundos exorbitantes que saíram de Angola por vias diplomáticas e privilegiadas. Essa teta da “mãe joana” acabou, e naturalmente cria um saudosismo cego a frenético.

Angola andou até 2017 anestesiada de sonho e mentira, e se o Governo, com todas as suas lacunas, mudou o paradigma, os Partidos pararam no tempo, e na viragem do Cinquentenário constataram o tempo perdido pelo força da indiferença das novas gerações mais preparadas, mas infelizmente temos hoje a UNITA a reiniciar vícios antigos,o que vai obrigar, a meu ver, até 2027, João Lourenço, com a legitimidade e independência alcançadas, a abreviar um Pacto Nacional, rejuvenescer o MPLA, Referendar uma Nova Constituição, e colocar Angola, com os angolanos mais capazes, no trilho do desenvolvimento global, com visão que alicerce esperança nos amanhãs, com a liberdade, democracia, colocar o Estado desburocratizado ao serviço dos cidadãos e da atração de investimento, numa Nova República.

Sem ser por Acaso…!!!