Conjugam-se e convergem as partes e os seus posicionamentos, para disfarçar em nome de uma democracia oca e disruptiva, um conluio permanente em malabarismos que sacrificam uns em detrimentos de outros em defesa de interesses que nunca se soltaram a uma abertura ética, cívica, e convivencial no urbanismo das elites guardiãs da memória da Nação, e da exigência de futuro da perenidade da cidadania.
O XIV Congresso da UNITA já está manchado por artimanhas do bloco detentor do Partido, que inclina a todo custo o resultado a favor da eleição esmagadora do bacharel tirano psicopata intrujão ACJ “Betinho”. Delegados da diáspora, outros vindos das províncias, que convergem para a capital para o Conclave, que demonstrem a sua opção pública em Rafael Massanga Savimbi, são ostracizados sem apoio logístico como alojamento, alimentação e transportes.
A marcha triunfal que se adivinha do atual líder do Galo Negro, em momento algum rejeitou a participação ativa dos terroristas Nelson Gangsta, Graça Campos, David Boio, nem clarificou as colagens dos apátridas Marcolino Moco, Raúl Dínis, dos proscritos indigentes Francisco Viana, Joaquim Ribeiro, tendo a UNITA cavalgado na postura hedionda protagonizada pelo tirano racista, verme colonialista, e postura criminosa contra o Estado Angolano e a sua sobrenia, do pigmeu Adré Ventura, o ídolo da idiossincrasia saudosista que abunda já, em demasia, no ADN dos Kwatchas.
Rafael Massanga Savimbi, foi o bobo da festa, paga com preço elevadíssimo a sua odisseia patética, assegurou a conveniência pessoal e a sua vida tranquila na cidade do Porto em Portugal, o futuro irá ditar quanto lhe vai custar esta aventura.
Alguém do aparelho, com vivência diária no Partido, garantiu-me ontem que não há na UNITA 1251 militantes com as quotas em dia, as decisões partidárias mais importantes nem sequer constam em Atas, muito se decide nos domicílios dos eternos mandantes capitaneados por Lukamba “Miau” Gato, Eugénio Manuvakola, e Marcial Dachala, a quem devem obediência máxima, mesmo por telefone.
O XIV Congresso da UNITA é uma formalidade estatutária, uma encenação de uma tirania com máscara democrática, que no dia seguinte assume a continuidade há muito programada de caça ao Poder.
Será içada a bandeira das autarquias, vão desfraldar o fantasma do Terceiro Mandato, vão exorcizar viagens presidenciais que nunca as entenderam mesmo com uma realidade em frente dos olhos. Vão continuar a esconder que não têm um Programa, que estão prisioneiros de separatismo que golpeiam a integridade territorial, vão continuar a defender, mesmo com a cumplicidade de idiotas úteis alienados, a supremacia dos Umbundos, e confinar Angola ao minimalismo de a trancar dentro de si própria, não entendendo ainda, o futuro e a exigência dos desafios do futuro no mundo.
Todo este emaranhado de contradições, clandestinidades, e exclusão da sociedade civil, valeu em tempo de protesto, já passou, é pena, a UNITA vai tornar-se num valor residual da política no espectro partidário angolano, sobrevivendo à margem das inevitáveis mudanças a que o mundo obriga, que o nosso desenvolvimento exige, e que a juventude alheia a divergências ancestrais já não atura, porque o País está a emergir do sufoco herdado, e colocará a dignidade e valorização da cidadania, o esteio de uma Nova República.

