A Hora da Verdade

ByKuma

20 de Setembro, 2025

Parte I

Frontal e diplomaticamente, começa a verificar-se com base em posturas e narrativas internas e externas, um isolamento da UNITA na espectro político angolano, visível na metamorfose do PRA-JA, a partir do momento em que Jardo Muekalia entrou na parada, um moderado distante das intrigas e visões descontextualizadas, que no seu regresso constatou uma realidade diferente.
O próprio posicionamento de Abel Chivukuvuku, perenemente dúbia, estacionou numa visão moderada que rompeu a cegueira que alicerçava uma posição de bota-abaixo contra tudo e todos.
Esta constatação está a instalar pânico no Galo Negro, mais do que propostas políticas disputam-se lugares na matemática previsível. Se o MPLA conseguir higienizar-se no próximo congresso, e o PRA-JA corresponder à expectativa, perspetiva-se que a UNITA, independentemente da liderança, jamais conseguirá repetir o resultado de Luanda e eleger 90 deputados. 
Há consciência numa estratificação especial da sociedade angolana, bem como nas chancelarias das embaixadas acreditadas em Angola, que João Lourenço herdou uma tarefa fatal, tem muita gente infiltrada na Cidade Alta, no Protocolo, e tem um funcionalidade ministerial deficiente, o que sobrecarrega ao nível das responsabilidades, mesmo banais.
Eu creio, acredito, que se João Lourenço conseguir imprimir no MPLA, após o Congresso, uma política identitária com a Internacional Socialista, a sua família política, abre um novo ciclo até 2027, que pelo meio possa liderar uma proposta nacional, ou seja um Pacto de Regime que nos conduza a uma Refundação do Estado, como ponto de partida para a tão desejada Nova República