A Mentira Portuguesa que a UNITA engoliu como Verdade

ByKuma

22 de Agosto, 2025

A Unita serviu Portugal antes da Independência conscientemente, e serviu Portugal após a Independência inconscientemente, esta é uma verdade histórica que que de forma enganosa é incutida a todos os angolanos.

Liberty Chiyaca, o cabeçudo líder parlamentar da UNITA, afirmou no Parlamento com pompa dos ignorantes, que não há inocentes na guerra civil e todos eram culpados, MPLA e UNITA. Acontece que por impreparação de uns do MPLA e leviandade assente na perdição da UNITA, fomos todos vítimas da grande traição portuguesa. 

Foi Portugal quem não cumpriu os Acordos do Alvor, a guerra civil iniciou-se no 1º de Maio de 1975, e os portugueses em Angola abandonaram o País numa ponte aérea até 30 de Setembro de 1975, tudo sob administração portuguesa, que abandonou Angola sem a realização de eleições. Logo aí foi quebrado o Acordo.

Acontece que em 11 de Novembro de 1975, com o País degradado nos últimos seis meses de administração, só o MPLA tinha a mínimo de quadros e estrutura política para assumir a Nação e não deixar o Poder cair na rua. A UNITA fez o mesmo no Huambo, Angola ficou abandonada ao seu próprio destino.

A UNITA passou a ser um instrumento desestabilizador para criar o anátema da incapacidade dos angolanos, assumiu o conflito militar, foi empurrada para eterna dependência de vários quadrantes, cumprindo o desiderato português da destruição da sua ex-colónia.

Essa mentira foi alimentada em Lisboa onde se interiorizou a ideia de terem abandonado Angola por culpa do MPLA, e a UNITA, como bóia de salvação, aproveitou essa mentira e instalou-se em Portugal como inocente e vítima, onde mantém até hoje nichos saudosistas que a sustentam.

A UNITA até hoje explora esse sentimento, e dadas as dificuldades que a governação hoje enfrenta, quer emergir com o élan da paz e desenvolvimento, e acena com o que Angola era no tempo colonial, que foi ela quem mais ajudou a destruir, basta ver os escombros que restaram do património herdado da passado.

A UNITA continua a gerir esta grande mentira porque é-lhe conveniente, o próprio Galo Negro é uma ave que não consegue voar, e como escreveu o meu director Anselmo Agostinho, há oportundade de uma Refundação partidária em tempo e espaço despoluído, no espírito e na letra de uma Nova República.