O José Gama continua activo no seu papel de porta-voz das falsas narrativas sobre o caso dos russos. Insiste que eles queriam “apenas” fazer uma Casa de Cultura, que vão retornar à Rússia como no Chade e por aí adiante.
A história da Casa da Cultura já se percebeu que é uma mentira descarada. É verdade que existe a ideia de uma Casa da Cultura russa, mas o tema está a ser tratado a nível oficial entre o Embaixador russo e o ministro da Cultura Zau. Os russos detidos nunca tiveram nada a ver com isso, nem os contactos angolanos sabiam alguma coisa de cultura, não eram bailarinos, nem pintores. Isto é uma pura invenção do Gama e associados.
Quanto à ida dos russos para a Rússia, é normal, de acordo com os acordos de cooperação penal e diplomática entre os dois países, que a dado momento, eles sejam expulsos para a Rússia.
Falemos do Chade, que o Gama refere de forma sonsa.
Em Setembro de 2024, vários cidadãos russos e um bielorrusso foram detidos no Chade sob suspeita de conduzir operações secretas de influência política.
Entre eles estavam Maksim Shugaley e Samir Seyfan, ambos conhecidos pelas suas ligações ao Grupo Wagner e pelo envolvimento anterior em atividades semelhantes em toda a África. E que passaram, também, por Luanda. Será que falaram com o Gama?
Operando sob o disfarce de jornalistas e investidores, os russos tentaram construir redes com políticos locais e chadianos de língua russa, oferecendo apoio financeiro e formação em troca da publicação de conteúdo pró-Rússia. Exactamente, o mesmo que aconteceu em Angola.
A sua presença e acções alarmaram os serviços de inteligência do Chade, especialmente dada a importância estratégica do país e os seus laços tradicionalmente estreitos com a França e os aliados ocidentais.
Este incidente faz parte de um padrão mais amplo de esforços russos para expandir a sua influência em África através da propaganda, da manipulação política e do apoio a regimes militares.
As eleições no Chade e a sua posição geopolítica tornaram-no um alvo fundamental nesta disputa por influência, e as detenções sinalizam uma resistência crescente à interferência estrangeira.
Portanto, os pataratas que andam por aí a falar sem saber, vão estudar as várias tentativas de interferência russa no continente, antes de dizer disparates, a começar pelo Gama. Os outros não se deixem levar pelas invenções e sonsices do Gama. Primeiro pesquisem.