Grande Verdade

ByKuma

18 de Agosto, 2025

Eles sabem que não chegam para a força.
Eles sabem que ainda são poucos para as urnas.
Eles sabem que não têm soluções.
Eles sabem que a doutrina do “Kwatcha” “Acorda” falhou.
Eles sabem que são uma ilha vazia cercada de oportunistas, foragidos e proscritos.
Eles sabem que o Povo sabe o que fizeram.
Eles sabem que estão algemados ao lixo que o mundo rejeita e combate.
Eles combatem o desenvolvimento como estratégia contra o emprego.
Eles sabem que cada cidadão com emprego cria repulsa à arruaça.
Eles sabem que quando se fizer um espólio da destruição, não suportarão o peso da responsabilidade.
Eles sabem que os cidadãos patriotas sabem que eles sabem que o Povo sabe o que fizeram.
Eles sabem que não há solução para o País sem quebrar as amarras do passado, só que eles estão presos a esse passado e seria o fim.
Eles sabem que são responsáveis, em grande parte, pelo maior problema do País, a densidade demográfica asfixiante, ingovernável, à volta da capital.

Adalberto Costa Júnior é um foragido da realidade, um vendedor de ilusões, Angola é o que é e não o que poderia ser, é esta verdade factual que engloba fatalismos decorrentes de um passado que a UNITA partilhou, passado onde se criou a UNITA e o MPLA tal qual são hoje.

João Lourenço herdou uma Nação desarticulada, uma cidadania em permanente gestação, uma economia destroçada, uma juventude que nasceu, cresceu, formou-se na guerra, educada e dividida em ódios de toda a espécie, uma sociedade com sequelas vivas do sangue, suor e lágrimas, que dissipou os sonhos e queimou etapas das nossas vidas.

Angola na sua total integridade tem sido um trilho sinuoso, vicissitudes várias, a felicidade é um caminho que não se alcança sozinho, chegou a hora de parar, descansar, meditar, partilhar, iluminar um novo caminho com solidariedade, ética, regras, erguer um Estado forte, com autoridade generosa, estabelecer prioridades, fazer tudo, tudo mesmo, para valorizar a terra e dignificar o homem.

Infelizmente geraram-se incompatibilidades nacionais, a facilidade da crítica gerou extremismos, de onde poderiam vir os primeiros passos em direção ao espaço de diálogo, como os bispos e sacerdotes, académicos, Ordens, estão também envergonhados pela partidarização manifestada. O Senhor Presidente da República, sendo o líder da magistratura não pode correr o risco de enfrentar negações, mas pode e deve abençoar, até moderar e liderar a transição para um entendimento livre de cargas condicionantes, abrir a porta a um caminho de esperança e desafio, de responsabilidade e fraternidade, com ética, moral e respeito pela Coisa Pública, isto é, uma Nova República.