Depois de deitar fogo em Angola no final de Julho, afastando-se estragicamente para um Parlamento Pan-Africano, o bacharel ACJ perbeu que foi apanhado. Está aflito, como muitos outros, e resolveu fazer um discurso de sonso no Huambo, onde diz que a UNITA é a paz, a estabilidade, a construtora de pontes, e acusa o governo de criar um clima de medo.

Maior fingimento é impossível. Foi a UNITA que nos dias 28, 29 e 30 de Julho incendiou as redes sociais, desde o seu avençado gangsta (que já devia ter a Interpol no seu encalço) ao nelito, que espalharam vídeos infamantes, apelando ao motim, além de tudo o resto que se saberá um dia.

Foi a UNITA, que fiel à sua história, desde 1975 (ou antes) tentou colocar o país a ferro e fogo, outra vez, depois de 1975 e 1992. O bacharel, fraco historiador, citou Savimbi e a sua máxima segunda a qual temos de saber a história para não a repetir.

Pois saibamos a história de promoção da violência da UNITA.

Durante a Guerra Civil, a UNITA foi responsável por uma série de actos violentos que marcaram profundamente a sociedade angolana.

Entre os episódios mais graves estão os massacres de civis, como os ocorridos em Huambo em 1993, quando centenas de pessoas foram mortas em confrontos entre as forças da UNITA e o exército governamental. A organização também foi acusada de recrutar crianças-soldado, prática condenada internacionalmente, e de utilizar o recrutamento forçado para reforçar suas fileiras militares.

Além disso, a UNITA adoptou tácticas de sabotagem contra infraestruturas públicas, destruindo pontes, ferrovias, hospitais e escolas, com o objectivo de desestabilizar o governo e consolidar o controle sobre territórios estratégicos. O uso de minas terrestres foi particularmente devastador, causando milhares de mortes e mutilações entre civis, mesmo após o fim do conflito.

Essas acções contribuíram para a destruição da economia angolana e para o agravamento da crise humanitária que assolou o país durante e após a guerra.

Portanto, não brinquemos à paz. A UNITA só parou quando perdeu a guerra. E agora tenta ganhar o que perdeu em 2002, passados 23 anos, com as mesmas tácticas de subversão e guerrilha urbana digital, actualizadas aos nossos tempos.

A UNITA em vez de aceitar a paz e viver nela, constitui-se, de novo, como elemento de perturbação da democracia, da ordem pública e da estabilidade.

Já se percebeu isso, e nessa medida, o bacharel ACJ tenta distanciar-se, finge, para convencer ingénuos e faz discursos de paz e estabilidade, mas não resiste a ameaçar com a força de todos, com a juventude e chega ao desplante de atacar a imprensa pública pelos acontecimentos de Julho. É preciso descaramento.

A tentativa fingida de ACJ se afastar dos tumultos não resulta. Ele faz parte da aliança ímpia neo-santista que quer derrubar o governo por via não democrática. Não há discursos que apaguem o facto.