Senhor Kamalata Numa

ByKuma

16 de Agosto, 2025

Não lhe chamo hipócrita, seria um elogio, um nubívago nefelibata intelectual jamais consegue ser hipócrita, entendo-o assim, pelo conteúdo e forma da sua missiva ao Senhor Presidente da República, como um pombo correio de algum ou alguns columbófilos covardes, que abundam na bolha da cada vez mais evidente Realidade Paralela.

Hoje, desfrutando de uma liberdade que nunca teve, tem a possibilidade de mostrar o seu ADN, a força cega das armas, mas consciente ou inconscientemente, prestou um serviço inestimável à causa da Paz em Angola, traiu Jonas Savimbi, levou-o à morte, e acabou com o período mais triste da Nação 1975/2002. Ceifaram-se os sonhos de uma geração inteira, que foi obrigada e pegar em armas em vez de livros, empregar os seus esforços no progresso em vez chorar lágrimas de dor, de milhares de mortos, bloquearam o Nação, destruíram o País e as suas infraestruturas fundamentais, e a esperança de milhares de mutilados e milhares de mortos e famílias destruídas, numa guerra fratricida, cuja metodologia o senhor nunca esqueceu.

João Lourenço é um cidadão que está empossado legítima e democraticamente na mais alta magistratura da República, e o ruído maledicente da UNITA e dos seus proeminentes dirigentes, não por acaso, é coincidente com o fecho da torneira do Erário Público em 2017, que deixou órfãos os novos ricos silenciosos que desfrutaram de todas as mordomias, que o senhor Kamalata Numa, como bom sargento-ajudante, também comeu e ainda hoje desfruta de barriga cheia se juntam para tentar perpetuar o passado.

A postura e narrativas partilhadas entre vocês, herdeiros da beligerância, são um desafio permanente à autoridade e legitimidade do Senhor Presidente da República, tem sido um esticar da corda que tem encontrado benevolência institucional, mas enganem-se se pensam que a autoridade democrática e os responsáveis da Ordem Pública, irão permitir as arruaças e aproveitamentos de manifestações classistas de descontentamento, o desrespeito pela Democracia e Liberdade, esbarrará num muro intransponível, erguido pela razão e seguro pela força da verdade. Já no Império Otomano e no Senado de Roma, dizia-se: “Matar a justiça é destruir o Estado”. 

O sargento-ajudante Kamalata Numa, conquistou na sua ignorância o troféu de ícone da conflitualidade, há próximos que lhe atribuem debilidade mental, será normal que face a estas constatações, João Lourenço, relegue ao distanciamento intelectual e não atribua à sua carta importância relevante, os cidadãos, a maioria silenciosa, aquela que soube vencer a guerra e agarrar-se ao progresso, tem sabido responder nas Urnas na hora do Voto. 

Parece que a reprovação e a ausência da vaga de fundo aos acontecimentos da última arruaça e desafio da Ordem Pública, fez emergir as divisões no Galo Negro, mas os compromissos os parceiros da especulação e luta pelo Poder, vai regressando por imposições externas, e é cada vez mais urgente estancar essa intromissão bloquedora do desenvolvimento económico, polítuico e social do nosso País, disfarçado nas deambulações do bacharel tirano psicopata intrujão ACJ “Betinho” e nos simulacros repetidos de Abel Epalanga Chivukuvuku. O ruído persiste mas é oriundo dos mesmos dependentes e avençados, mas também eles arrogam a força do pânico, a esperança dos derrotados. 

É com o Povo que num Pacto de confiança, Senhor Presidente da República, na busca de soluções, faça a ruptura total com o passado e uma travessia assumida, no espaço e no tempo, para a implantação de uma  Nova República.