O que pensamos sobre nós

ByKuma

7 de Agosto, 2025

Nos fundamentos, há paralelismos, há coincidências, mas na edificação e enraizamento não há duas democracias iguais. Em todos os povos e nações, há sempre uma base cultural, variante que impele uma identidade própria. na qual depositamos e colhemos a nossa cidadania.

Temos em Angola- é uma conquista consolidada- espaço para manifestarmos livremente com base na liberdade política e de expressão, ninguém sofre ou sofreu sevícias por criticar, denunciar, estar em desacordo, com respeito, ética, no cumprimento da lei e da Constituição da República.

O problema é quando se confunde a liberdade com libertinagem, quando se assume uma postura agressiva e insultuosa perante as instituições, e se ataca escandalosamente o Senhor Presidente da República, símbolo maior e fiel depositário da Democracia, plasmada pelo Povo, livremente através de eleições democráticas.

Não há duas democracias iguais, um País com a dimensão do nosso, com a sua distribuição demográfica, com a riqueza da sua diversidade, não pode ser igualitário, há nuances próprias e podem e devem ser preservadas precisamente em liberdade.

Mas há procedimentos inaceitáveis, somos uma casa e uma família, podemos divergir, discutir, levantar a voz entre familiares, mas nunca devemos levar os problemas para a rua, e é inaceitável, tem mesmo de ser combatido, falar mal, insinuar com mentiras, plantando uma ideia distorcida do nosso País no estrangeiro, não é de bom tom agredir a nossa cidadania, se somos angolanos e amamos a nossa terra, as nossas gentes, essa postura joga no tempo e no espaço contra os próprios protagonistas.

As nossas conquistas, as nossas críticas, o nosso futuro está nas nossas mãos, reparem com atenção, não há uma única ONG que fale bem de nós, que não nos coloque como pedintes, carentes, incapazes, pela simples e lógica razão, é com essas narrativas que se alimentam, é com esses fundamentos que existem, e criaram um “modus vivendi”, onde constroem o próprio futuro. Recebem milhões para socorrer os meninos com fome, mas viajam de avião, têm à espera viaturas de alta gama com ar condicionado, e ficam em hotéis confortáveis e trazem tendas e contentores de luxo e climatizados. Hoje o voluntariado é uma multinacional mafiosa, em que só raras excepções cumprem as suas missões.

Angola só pode ser construída, só pode construir o seu futuro, só encontrará para os vindouros a esperança, se forem os próprios angolanos a edificá-la, não tenhamos ilusões, mas infelizmente ainda andamos a reconstruir o que destruímos com as nossas desavenças, quando temos um Parlamento livremente eleito, para esgrimir todas as diferenças e encontrar consensos, basta que coloquemos Angola sempre como prioridade nos nossos corações.

Vamos curar as feridas, caminhemos em busca de um futuro limpo, vamos sepultar o passado triste que dividiu, vamos abrir as portas à Nova República.