Foi um trovão em festa pintado de encarnado em frente à Assembleia da República, o maior grupo de angolanos reunidos desde sempre na capital portuguesa, inequivocamente em uníssono, em apoio espontâneo ao Senhor Presidente da República de Angola, gritando em romaria “Lourenço amigo, o Povo está contigo”.
Escondidos, surpreendidos, envergonhados, estavam nos cafés vizinhos, de semblante carregado, os mirones que se preparavam para fotografar um espaço vedado por gradeamento policial, vazio pronto a ser catalogado por mais um fracasso, disso deram conta de imediato os mandatários dos avençados, desde os saudosistas do colonialismo à Extrema Direita de André Ventura, fazendo acusações graves, de gente com dignidade, trabalhadora, vendida porque lutam pela democracia e liberdade.

Confesso que eu mesmo fui surpreendido pelas imagens, creio que ao jantar oferecido pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio Nacional da Ajuda, João Lourenço irá fazer valer a necessidade de resolução de alguns entraves burocráticos que se tornam irritantes, mesmo quando há laços de consanguinidade. Estes momentos de manifestações cívicas, são oportunas para calar a ideia gasta, cansada, permanentemente vendida pela Oposição angolana, e que têm acolhimento num grupo de oportunistas, e outros vendidos pelo preço da sobrevivência, e que com a maledicência enraizada no seu ADN, têm dificultado a governação do País, até ao ponto de ser urgente e insubstituível, uma ruptura total com o passado através da implementação de uma Nova República.