Vivem-se em Angola sinais claros de mudança, a implantação de uma Nova República tem custos, a verdade que andou fugidia, está a emergir acompanhando a mudança, o Estado tem custos operacionais, tem limitações orçamentais, daí a imposição de novos comportamentos que custam a todos sacrifícios e engenho na busca de soluções.
Sabemos que os combustíveis são o motor do desenvolvimento, mas não podemos sustentar uma economia subsidiada, ela tem de ser lucrativa e comprometida socialmente nesta hora de mudança.
As empresas beneficiam de custos de mão de obra com salários insustentáveis no mercado competitivo, as assimetrias entre o patronato e trabalhador são quase insultuosas, e também aí tem de haver mudanças substanciais.
Na ausência de interlocutores para implementar um quadro de parcerias sociais, exige-se a alguns ministérios uma ação de concertação, por exemplo a criação de um subsídio de transportes como os já existentes na alimentação, mesmo que tenha de ser decretado.
Os salários não podem acompanhar a inflação e a correção monetária, para que não haja um aumento salarial ilusório, deverá ser implementado um subsídio de transporte, até um teto salarial que justifique ser atribuído. Estes custos podem ser cobertos com o crescimento de produtividade, por vezes ela é menosprezada pelos baixos custos da mão de obra.
O próprio Estado, para os mais assalariados mais frágeis, deve criar também um subsídio que sirva de exemplo a todo tecido empresarial no País.
Fazer manifestação contra a realidade é marchar contra um muro intransponível, talvez desse mais resultado encontrar alternativas que não sejam sempre uma aventura da Oposição contra o Senhor Presidente da República, sem soluções credíveis à vista.
Talvez até tenha de haver intervenção de mais de um ministério, mas o País não pode sobrecarregar o Chefe de Estado, este é um assunto que deve encontrar solução no âmbito do diálogo com parceiros possíveis.
Não me atrevo a falar de valores, mas numa economia moderna, competitiva, não cabe ao Estado o papel de único agente de solidariedade social, mas cabe-lhe através das tutelas, tomar a iniciativa.
Isto é a Nova República, é a verdade, transparência e liberdade, vamos dar as mãos e pular em frente rasgando novos patamares.