Tivemos ontem em Luanda o apogeu da capacidade mobilizadora de toda a oposição, todos os incentivos do terrorismo digital, os proscritos do MPLA, e a fotografia foi pífia e sinistra, reveladora do que são as lideranças que existem contra o governo e João Lourenço.
Onde estavam os líderes que empurraram os cidadãos, militantes, familiares e amigos, para a rua enquanto se resguardavam em ausências luxuosas em hotéis de luxo e fechados em viaturas com ar condicionado e guarda costas, debitando imagens para as redes digitais? Claro, como sempre no passado que tanto desejam, foi sempre assim, usar o Povo até conseguir materializar o sonho.
Angola foi uma ficção até 2017, e só com coragem e objectivos bem definidos se pode promover a mudança, vendeu-se um paraíso à custa de uma dívida externa colossal, e o aumento dos combustíveis ainda vai a meio da correção necessária, mas só com sacrifício podemos mudar de paradigma e virar a página. O mais espantoso é que fazem-se críticas, lançam-se acusações, mas ninguém apresenta uma solução ou uma alternativa. é aqui que reside o vazio da oposição que descredibiliza a sua existência.
É à custa das viaturas de alta gama, embriagados de combustível supérfluo, maioria à custa do Erário Público, é pelo sustento exibicionista de Isabel dos Santos no Dubai, pelo saque de biliões dos marimbondos, cujos filhos exibem-se de ferraris e maseratis nas universidades portuguesas, vivendo nos apartamentos mais caros de Portugal, que hoje o cidadão trabalhador tem de pagar uma viagem de taxi por 300 Kz.
Onde estão as manifestações contra os ladrões? Quanto custou a José Eduardo dos Santos, silenciar os dirigentes da UNITA que hoje vivem em mansões de luxo em bairros de luxo da capital, em nome de uma falsa reconciliação nacional?
Quantas manifestações houve em Luanda contra o antigo governo que saqueou, prendeu, matou, e promoveu uma densidade demográfica em torno de Luanda, vendendo-lhes a ilusão da capital tornando-os escravos das elites que criaram uma servidão voluntária?
Ninguém esconde as dificuldades, João Lourenço não governa para votos, já deu provas de ser um reformador, a aposta nas infraestruturas são uma realidade factual, visível, e só uma visão torpe e maldosa, pode confundir trabalho com turismo nas suas deslocações, talvez por isso a maioria silenciosa tenha ficado em casa porque já entendeu o País, que não é só Luanda, embora a oposição insista com a miopia de só ver Luanda como o todo do País.
Ontem foi dado mais um passo, talvez decisivo, que não há solução negociada para resolver os problemas de Angola, mais do que nunca passa a ser uma exigência uma Nova República, estamos no ponto dela ser anunciada, a Defesa do Estado e da Democracia, vai atingir custos insustentáveis, cabe a vez ao Senhor Presidente da República.