Quem tem medo da Nova República?

ByAnselmo Agostinho

11 de Julho, 2025

Angola está à beira de uma transformação histórica, impulsionada pela proposta de instauração de uma Nova República, inspirada nos princípios da Quinta República francesa de Charles de Gaulle. Após décadas marcadas por escândalos de corrupção, instituições fragilizadas e ciclos de crise económica, cresce entre os angolanos o clamor por um novo começo — um projeto de refundação política que devolva à população a confiança no Estado e abra caminho para um futuro mais próspero e justo.

A proposta surge no coração da sociedade civil angolana, que já não aceita a normalização da impunidade e da ineficácia.

Inspirados pelo modelo gaullista, líderes académicos, juristas, economistas e movimentos juvenis (que em breve virão a público) defendem uma reforma estrutural que fortaleça o poder executivo, garanta a separação de poderes e institua mecanismos de fiscalização pública independentes.

A Nova República angolana propõe um Estado com direção unívoca, liderado por um Presidente comprometido com os interesses do povo e capaz de agir com firmeza e legitimidade perante os desafios nacionais.

No centro desta transformação está a urgência de acabar com o ciclo da corrupção, que há décadas compromete o potencial do país.

A nova arquitetura institucional prevê um sistema judicial robusto, com autonomia real e capacidade para julgar sem interferência política. Também se defende uma administração pública baseada no mérito, transparência e serviço ao cidadão, rompendo com o modelo clientelista que dominou durante anos.

No plano económico, Angola busca tirar partido das suas riquezas naturais e humanas de forma estratégica e inclusiva.

A Nova República vislumbra um modelo de crescimento sustentado pela diversificação produtiva, incentivando setores como agricultura, indústria transformadora, energias renováveis e inovação tecnológica. Com uma nova segurança jurídica e um ambiente político estável, espera-se atrair investimento estrangeiro, fomentar o empreendedorismo local e garantir empregos dignos à juventude.

Acima de tudo, esta proposta é movida pela vontade soberana do povo angolano, que deseja um Estado que represente verdadeiramente os seus interesses.

O movimento pela Nova República já tem eco nas ruas, nas universidades, nas redes sociais e nos bairros mais esquecidos de Luanda, onde o cansaço com a velha política se transforma em energia para um recomeço.

Esta não é apenas uma reforma constitucional — é uma reconstrução simbólica da identidade nacional, um reencontro com os valores de justiça, dignidade e progresso. Angola pode, enfim, traçar um novo caminho, assumindo o seu lugar como protagonista africano e exemplo de liderança republicana moderna. O futuro está em construção, e os angolanos estão prontos para escrever a próxima página da sua história.