A visita do Senhor Presidente da República ao Brasil, insere-se numa visão de desenvolvimento bilateral, na captação da experiência do sucesso na agroindústria e pecuária brasileira, bem como formação facilitada pela proximidade cultural e linguística.
O Brasil tem no mercado de Angola uma hipótese de investimento por excelência, coincidências de terra arável, recursos hídricos, climas idênticos, e uma indústria intermédia manufatora, com mercados consumidores vizinhos.
O Brasil dispõe também de uma bem estruturada indústria de material militar, comprovada internacionalmente, que tem em África uma hipótese de expansão, com fabricação de equipamentos em Portugal, que facilmente poderão ser canalizados, também para Angola, quer civil, quer militar.
Na busca de novos posicionamentos globais, Angola, Brasil e Portugal formam um triângulo Atlântico, complementado por Cabo Verde, fundamental para a ligação da Europa, África Ocidental, às Américas Norte e Sul, sobretudo à NAFTA, agora batizada de USMCA (United States-Mexico-Canada Agreement) em 2020, e ao Mercosul onde despontam Brasil e Argentina.
Angola assumirá assim uma liderança natural na SADC, com o Brasil e Portugal serão a locomotiva da CPLP, e terá sempre um papel fundamental de África na cena internacional.
Não são em vão estas viagens de João Lourenço, agora o Brasil, em Julho Portugal, como aqui referi, ainda em 2025 irá a Estrasburgo ao Parlamento Europeu, enquanto isso o País trilha o seu caminho no esforço das mudanças que respondam às necessidades dos cidadãos, é uma cruzada em que é preciso investir na saúde, na formação, nas infraestruturas, para que se abram portas ao turismo, aos serviços, a uma administração do Estado eficaz, isso exige esforço, entrega, dedicação, não se constrói o futuro com facilidades, não adianta criar promessas e esperanças voláteis com mentiras, Angola está fazer o seu caminho, a confiança dos amanhãs estão depositadas nas mãos do Senhor Presidente da República.