O último programa da rádio essencial do Zenú e do Graça pôs tudo a nú.

No cenário político angolano retomam-se as dinâmicas intrigantes, marcadas pela aproximação entre o revanchismo passadista e a UNITA liderada por Adalberto Costa Júnior (ACJ).

Este alinhamento reflete uma tentativa de consolidar forças contra o reformismo do governo.

A aliança de 2022 entre ACJ e os apoiantes da família Santos, embora temporariamente enfraquecida pela perceção de falta de combatividade de ACJ, está a ganhar novo fôlego. A convergência de opiniões entre estas facções é um sinal claro de uma aposta coletiva na liderança de ACJ como alternativa.

No entanto, a UNITA toma o caminho para a sua dissolução ao acatar os cantos das sereias sobre a necessidade de lutar fora das instituições, e tem medo da criação de novos partidos, como o PRA-JÁ e o Partido Liberal, que têm gerado nervosismo entre os opositores tradicionais. As críticas a Abel Chivukuvuku e ao Partido Liberal são frequentes e exagerados.

Por fim, o julgamento no Huambo expôs a desorganização e desconhecimento da UNITA sobre questões judiciais e a sua falta de preparação. É evidente que o julgamento produziu prova suficiente para indiciar os seus dirigentes e quiçá a própria UNITA-ACJ.

Obrigado rádio essencial por nos explicar a vossa doutrina da sublevação.