São frágeis como cristal, mas a transparência e o conteúdo está hermeticamente obscurecido no cristal embaciado, ficam reduzidos ao raio cada vez mais afunilado e fanhoso, que escrutinado faz ricochete contra eles mesmos.
A UNITA sabe, o Galo Negro quer, os conselheiros insistem na necessidade de uma mudança radical, mas os especialistas atentos são peremptórios, não se pode mudar com os mesmos protagonistas, desgastados, desacreditados e colados a um longo desgaste desde que confundiram libertação com independência, e é alicerçada nesta perene interpretação torpe que assenta a recusa dos festejos comemorativos do cinquentenário da emancipação do Povo Angolano.
A UNITA de Jonas Savimbi, Lukamba “Miau” Gato, Isaías Samakuva, Kamalata Numa, e sobretudo do bacharel tirano psicopata mentiroso terrorista ACJ “Betinho”, procuraram sempre a beligerância como elemento de sobrevivência, e quanto mais avança a Democracia e a Liberdade, mais se sentem inadaptados e fora do Sistema, combatendo sem tréguas o Regime.
João Lourenço é o inimigo que precisam, como foi a seu tempo José Eduardo dos Santos, basta vasculhar a memória, só que Zédu silenciou-os com benesses, não será preciso muito para os silenciar de novo, a aflição disso nos dá conta, os investimentos na especulação escasseiam cada vez mais, e as comadres já estão desavindas.
Isabel dos Santos, a menina dos ovos de ouro, a imperatriz africana instalada no luxo faraónico do Dubai, já está com tratamento psicológico no domicílio, mesmo com contas bancárias chorudas e milhões em ações, mesmo desfrutando da inação da PGR angolana, está a viver um trauma diagnosticado na síndrome da solidão e da ausência, falta-lhe a Ilha de Luanda, um escritório com vista para a Baía de Luanda, faltam-lhe os bajuladores regados a champanhe, nota-se-lhe a tristeza no olhar exibido no Tik Tok, lidos como um pedido de clemência.
É toda esta bolha que se associou contra João Lourenço e Fernando Miala, que quanto mais se revela, espremida as suas contradições, escapam ódios adormecidos taticamente, mas sobretudo uma atroz fragilidade que faz deles um incómodo, mas nunca uma ameaça.