É curioso e não devemos ignorar os debates televisivos dos políticos portugueses, em véspera de eleições gerais, e o pensamento face à instabilidade global. Mas há um alerta que não é despiciendo, Angola mudou em 2017, reforçou a mudança em 2022, é senhora de si própria, dona do seu destino, e não tábua de salvação de empresas lusas em fases de aflição.
Ontem, o líder do Partido Socialista, porto de abrigo dos nefelibatas e de muitos conhecidos idiotas úteis, lançou a ideia de apostar nos mercados dos PALOP’s para suprir os problemas que se antevêem na relação com a América de Trump.
Ora, Angola já não é a bóia de salvação que foi de 2005 a 2025, dando abrigo a dezenas de grandes empresas em insolvência em Portugal, hoje há quem controle o Investimento Estrangeiro, e encaminhe para o sectores prioritários, com exigência de capital que seja uma mais valia para tecido empresarial e para o PIB angolano.
Angola não pode ser no âmbito da CPLP uma rota de ocasião, pode e deve ser um vai vem permanente, num campo vasto de oportunidades recíprocas, com o privilégio da partilha da língua e da proximidade cultural.
Felizmente são nichos residuais saudosistas que presumem uma torpe superioridade, há quem em Portugal e na Europa saiba estar atento a Angola, ao seu desenvolvimento, e veja nisso oportunidades para reforçar os laços e estreitar caminhos, sem beliscar a soberania do nosso País.
Angola vive uma fase política e económica de grande dinamismo, a inexistência de uma Oposição já é um facto, pelo andar da carruagem não teremos tão cedo senão a continuidade do mesmo, o MPLA atingirá em 2027 uma maioria que irá permitir uma Revisão Constitucional, limar-se-ão arestas para completar a Nova República.