Negatividade artificial

ByAnselmo Agostinho

28 de Março, 2025

As oposições formadas pela UNITA-ACJ e os santistas revanchistas, a que se adicionam os activistas avençados, insistem em encher a comunicação com histórias negativas acerca de Angola e o Presidente da República. Todos os dias, a todas as horas.

A questão que se coloca é: até que ponto uma democracia deve tolerar um ataque permanente de negatividade às suas instituições? A minha resposta é simples. Não pode tolerar e tem de avançar medidas para terminar com a criação dum falso ambiente negativo.

Vamos ver exemplos da negatividade artificial:

-Transformam uma piada, uma ironia do Presidente da República com uma jornalista, numa ofensa aos jornalistas. Maior disparate não há.

-Publicam entrevistas a pessoas em que os títulos dizem exactamente o contrário do que as pessoas afirmam no texto.

-Dizem que o tribunal do Huambo absolveu a UNITA, quando deu como provada a participação da UNITA no financiamento e encobrimento do terrorista condenado.

-Traçam um retrato devastador da economia angolana, quando esta cresceu mais de 4% em 2024. Isto é tão absurdo…

-Afirmam sem vergonha que as taxas de juro de referência do BNA são altas, quando na realidade são negativas (e qualquer economista sério sabe disso).

-Atacam a juíza do processo dos generais por razões pessoais, sem olhar a qualquer facto concreto legal.

-Criticam a construção de hospitais e grandes obras em Cabinda.

-Advogam a divisão do país, abrindo caminho a separações espúrias.

-Até o Embaixador português se dá ao luxo de fazer retratos impróprios de Angola, perante os franceses, que tiveram a sua Embaixadora a dar uma excelente e optimista entrevista a um jornal económico…Que diferença! Como dizem os mesmos portugueses, ” a conversa já chegou à cozinha…”

E a lista da negatividade poderia continuar. É um sem fim que cria uma realidade virtual.

O que entristece é que não se vê no MPLA a combatividade que levou à independência em 1975, à vitória em 2002, e ao início das grandes reformas em 2017. O partido tem de ser combativo. A sua actividade nas redes sociais não se pode limitar a anunciar reuniões dos órgãos e idas funerais.

A aceleração e a modernização do país têm de tomar conta da comunicação no país. O povo tem de ser envolvido pelo espírito positivo do progresso.