Há agitação na penumbra dos olhares embaçados dando a entender culpas escondidas, em todas as línguas e linguagens diz-se que “não há fumo sem fogo” e “quem não deve não teme”.
Preventivamente os avençados e os próprios vão avançando com complôs, armadilhas, mas o julgamento dos sabotadores bombistas na cidade do Huambo, agita as hostes do Sovismo, e já se atacam alvos como os Serviços de Inteligência, já publicaram a vida de Fernando Miala desde que nasceu, para prevenirem uma defesa, incorrendo mesmo no crime de difamação e ofensa à integridade pessoal de alguém que assume um cargo fundamental institucional.
Esta agitação de preocupação consciente, é propensa a reconhecer implicações diretas ou indiretas, num terrorismo de várias vertentes que abonam a realidade de uma postura perenemente clandestina, sempre com o objectivo da tomada do Poder.
Confesso que tenho muitas dúvidas que o edifício da Justiça esteja suficientemente consolidado para condenar um líder da Oposição, ou dois corruptos poderosos reconhecidamente próximos do PGR.
Cochicha-se nos meios académicos que Carlos Feijó é o mais influente assessor presidencial na justiça angolana, mas também é o mais vulnerável às pressões de Lisboa.
Que há preocupação no seio da UNITA, onde em véspera do Congresso Eletivo, o silêncio de Isaías Samakuva partilhado com alguns dirigentes de relevo, começa a ganhar espaço, contando ainda com o apoio dos filhos de Jonas Savimbi.
Há um problema na propaganda nas Bases do Galo Negro, é que João Lourenço também é Ovibundo, amigo íntimo de Samakuva, e hoje nos municipios e comunas em todas as províncias, há a convicção popular de que há mais progresso.
Contudo, ainda temos em Angola, uma corrupção local muito visível, faltando uma Inspeção Geral do Estado à prova de bala e com poderes punitivos imediatos.
O mundo está em mudança acelerada, é necessário inovar, reformar o Estado, que ninguém tenha ilusões, um caminho obrigatório é a auto-suficiência alimentar, energética, e preservação da água, o precioso líquido do séc.XXI.
Angola tem água, energia, terra arável e mar, tem que patrocinar uma descentralização demográfica, isso obriga a Pactos de Regime, obriga mais ainda a existência de uma Oposição séria, patriota e democrática.