O que os mesmos não querem ver

ByKuma

13 de Fevereiro, 2025

Angola consome um terço da energia que produz, perspectiva vender à Zâmbia um terço, 2000 MG, e fica ainda com um terço para assegurar o desenvolvimento do País. Tem um défice de linhas de transporte de energia, mas ninguém esquece a sabotagem das linhas de Alta Tensão protagonizada pela UNITA, as torres e subestações do Lomaum ao Huambo, foram derrubados ao ponto de paralisarem a maior empresa exportadora de Angola no tempo colonial, a Companhia de Celulose do Ultramar Português (CCUP), destruindo também a segunda maior plantação de eucaliptos do mundo, local onde fez prisioneiros técnicos colaboradores checos e búlgaros,uma vergonha, movidos pelo instinto destrutivo e sanguinário.

Na serra da Munda, no município do Ukuma, há uma mina de Talco desativada, produto essencial na fabricação da Pasta de Papel, e que a Europa importa de várias partes do mundo. No Longonjo estão abandonadas três cerâmicas de telha e tijolo, de fácil manuseamento, que pode funcionar com mão de obra local. Também no Cuima temos paradas as minas de ferro e manganês, fulcrais para o desenvolvimento do Japão nos anos 50/60/70 do século passado.

Uma Oposição séria, uma comunicação social digna e independente, deveriam promover este inventário regional, através de interpelações ao governo, e não viver uma permanente caça ao Poder,com avençados indigentes, perdendo toda a credibilidade no País, e junto do Chefe de Estado.

Todos os países do mundo que se desenvolveram e criaram riqueza, foi através da transformação do produto,temos artesãos fantásticos para talhar madeiras nobres como o girassonde, o mussive, o próprio marfim dos hipopótamos. As nossas abelhas autóctones do Moxico, Bié e Cuando Cubango, que produzem o melhor mel e a Própolis, do mundo.

Isto é uma amostra do que os nossos ricos, muito ricos, do saque, poderiam explorar no País, criando emprego e mais valias para o PIB angolano,deveria também ser um trabalho dos deputados, em vez de ficarem confinados a Luanda e gozar as mordomias.

Angola já adquiriu e está a consolidar uma parceria com o mundo desenvolvido, a confiança é inequívoca, somos nós, internamente, que muitas vezes não sabemos interpretar o estatuto de parceiros, falta-nos uma Sociedade Civil séria, verdadeira, é necessário não despender sinergias em mesquinhices, o ruído vale o que vale, não valorizemos o medo, o futuro é nosso, as oportunidades pertencem-nos, basta estarmos atentos e acreditar, os prisioneiros do passado já são residuais, são os inadaptados que a democracia tem de tolerar para não ter que os sustentar.