A nova revolução da IA tem um nome

ByTribuna

29 de Janeiro, 2025

DeepSeek. Esse é o nome da empresa chinesa que criou um modelo de IA que, com menos de um mês de existência, tirou o sono à OpenAI e causou um considerável estrago na bolsa de valores dos EUA.

Além de ser gratuito, o modelo DeepSeek R1 superou o GPT-4 da OpenAI e o Llama 3.1 da Meta em tarefas como codificação e matemática. Se isso já é impressionante, calma que tem mais…

Enquanto esses modelos foram produzidos por mais de US$ 60 milhões, o DeepSeek R1 teve um custo de menos de US$ 6 milhões.

Na prática, a empresa chinesa usou chips bem menos potentes — chips simples de video jogos — para construir a IA, até porque a Nvidia não envia os chips de última geração para a China.

O grande ponto aqui é que, até então, acreditava-se que a IA necessitava de altíssimos custos, a começar pelos chips. A DeepSeek parece estar a mudar essa história.

Inclusive, outro ponto que está a chamar a atenção é que o DeepSeek R1 tem código aberto, diferente do ChatGPT. Traduzindo, qualquer pessoa pode inspecionar, modificar e usar o modelo de acordo com as suas necessidades.

Enquanto o domínio dos EUA depende de investimentos bilionários, a DeepSeek mostra que é possível revolucionar ainda mais a área, superando limitações e desafiando os gigantes do sector.

Enquanto Zuckerberg anunciava um investimento de US$ 60 biliões em IA para a Meta, um nada conhecido laboratório chinês fazia um dos mais completos modelos de inteligência artificial com apenas US$ 6 milhões.

Contudo, a DeepSeek foi forçada a limitar novos registos de utilizadores, com o objectivo de conter ataques cibernéticos ao seu modelo de IA.

Já circulam rumores que a OpenAI está a fazer lobby junto ao governo dos EUA para restringir o desenvolvimento de novos modelos da DeepSeek, alegando riscos de alinhamento e potenciais ameaças à humanidade!