As oposições criaram um novo órgão de decisão suprema no MPLA: os “Mais Velhos”.
Parece agora que o MPLA é uma oligarquia em que um grupo de velhos dirigentes é que manda, anulando qualquer participação democrática ou legitimidade dos órgãos estatutários.
Mas, o que são os “Mais Velhos” que alguns querem colocar a mandar no MPLA?
São os mais novos que durante décadas levaram o país à ruína e à corrupção, que, entretanto, envelheceram e perderam o poder-felizmente. Agora, querem voltar.
Entre os ” Mais Velhos” há verdadeiros humanistas e nacionalistas que lutaram pela independência e mantiveram a sua integridade, mas também há torcionários e corruptos. Idealistas que foram heróis e se transformaram em saqueadores, e outros que se mantiveram fiéis aos seus princípios. Como em todas as gerações, há de tudo.
O que não há é donos da verdade e donos do partido.
Aqueles que agora, directa ou indirectamente, fazem barulho e tentam derrubar João Lourenço tiveram a sua ampla oportunidade de governar. Se ganharam a guerra, perderam a paz.
A sua governação foi desastrada, o seu único objectivo foi enriquecer-se e às suas famílias.
Não têm autoridade moral para contestar o que quer que seja. Tiveram o seu tempo, e deitaram-no fora em troca de interesses egoístas. O que eles hoje têm é medo.
Medo de ficar sem as fortunas que amassaram ilegalmente, por isso, unem-se contra João Lourenço. São os barões feudais a querer derrubar o governante. É uma história repetida ao longo de milénios.
O MPLA não é uma aristocracia geriátrica. Não manda nele um grupo de Mais Velhos. Quem manda no MPLA é o povo militante, são as bases. São os jovens de Angola que têm direito a uma voz na definição do seu futuro.
Não venham com a história da cultura africana e do respeito dos Mais Velhos. Esse respeito é devido, quando eles agem como sábios desinteressados, não é devido quando defendem os seus interesses egoístas. O MPLA não tem proprietários.
Veja-se aliás a forma degradante como a UNITA-ACJ trata o Mais Velho Samakuva…e depois venham dizer coisas.
Este é um tempo de ruptura, garantindo o rumo para o futuro. Aqueles que beneficiaram no passado sabem que esta é a última oportunidade que têm de reverter a situação. Por isso, gritam, fazem barulho, usam todas as armas para denegrir João Lourenço.
Têm de ter a resposta à altura.