Perderam. Os profetas da desgraça que salivavam e desejavam o desastre, perderam. A viagem de João Lourenço à China está a demonstrar uma liderança internacional afirmativa. Angola, finalmente, tem uma política externa soberana assente numa geometria variável, que defende acima de tudo o interesse nacional.
O discurso que João Lourenço já fez em Pequim perante o primeiro-ministro chinês, lança as relações para um novo patamar, como alguns defendiam e outros não queriam. Esse patamar assenta na resolução com aligeiramento da questão da dívida ao mesmo tempo que invoca o investimento chinês, precisamente, a dualidade que é necessário obter da China.
Entre os vários anúncios, há um que vai deixar os avençados da maledicência transtornados, que é a construção da grande base aérea angolana pela China. Aqueles que condenavam a aproximação aos EUA e insinuavam que os americanos iam construir bases militares em Angola, são agora confrontados com esta notícia. Vão gritar como, agora? Tornar-se-ão defensores dos EUA, não percebendo nada da política externa de Angola -e dos EUA e da China?
Obviamente, que o caminho não é fácil. Conjugar interesses diferentes de países diferentes, numa Angola que foi saqueada quase sem intermitências, é uma tarefa pesada. Basta ver que o líder da oposição, tão falador de trivialidades, não consegue articular um pensamento sobre a China. Limitou-se a balbuciar algo sobre um caso de polícia em Benguela, importante para as forças policiais e os tribunais resolverem, mas sem nada que ver com a política externa de Angola. É a indigência mental em alto grau.