A propósito da visita do Presidente da República à China, os agitadores do costume e os seus mandantes, entraram em êxtase com a idiota esperança que o Xi Jinping ia derrubar João Lourenço e castigá-lo por se aproximar dos EUA. Tamanho disparate é inconcebível, mas existiu.
Mais uma vez, enganam-se os profetas da maldade. A visita à China é obviamente importante. Há a questão da dívida para resolver, mas há muito mais. Só hoje, João Lourenço já recebeu o Presidente da CGGC, Tan Hua, que está a construir a barragem de Caculo Cabaça (que Isabel dos Santos queria fazer sua), Li LOngquing da China Telecom, Liu HongGuang da empreiteira do aeroporto Agostinho Neto, Zhang Wedong da Hebei Huatong(alumínios).
Ao mesmo tempo em Luanda, o novo embaixador da China escreve uma longa peça sobre as relações entre os dois países.
Desenganem-se aqueles que não percebem duas coisas, a primeira, é que as relações entre a China e Angola vão entrar num novo patamar, no qual a dívida é apenas um aspecto; a segunda é que Angola não é de ninguém. Não foi dos portugueses, dos cubanos, dos russos, dos sul-africanos, dos zairenses. E também não é dos Estados Unidos nem da China.
Angola é dos angolanos, e por isso, deve seguir uma política externa de afirmação soberana dos seus interesses nacionais. Alinhar quando lhe convém, desalinhar quando é prejudicada e actuar como mediador honesto quando lhe pedem. Isso é a política externa soberana e não outra coisa.
Os agitadores e seus mandantes têm de encontrar um novo tema.