58 Anos

ByKuma

6 de Março, 2024

O tempo de uma traição com intervalos de terror, uma hedionda herança portuguesa partilhada por bispos e sacerdotes, que com medo e pecado, feitiço e sangue, tentaram monopolizar a exploração de gente amordaçada secularmente na sua dignidade identitária.

Quantas vezes João Soares chorou de fome? Quantas vezes Paula Roque viu o inferno com sede? O que já fez por Angola o bacharel tirano psicopata ACJ “Bétinho”? Onde está a cidade ordenada, com água, energia, esgotos, escolas, hospital, que deram o nome de Jamba, onde se licenciaram doutores e se fabricaram generais?

58 anos que, seguramente, poderiam ser lembrados com 58 histórias tenebrosas, que querem transformar numa epopeia de democracia, num insulto à memória de tanta gente que sofreu e lutou para sobreviver, e uma ignomínia torpe à alma de tantos que pereceram em nome da liberdade.

É vergonhosa a similitude dos festejos em Luanda e Lisboa, essa ligação infame e escabrosa de uma cumplicidade oculta na mentira, na subversão, na emboscada permanente ao desenvolvimento de Angola.

Este desafio perene à autoridade do Estado, é uma maledicência impune que urge estancar, vivemos momentos de reflexão, de partilha, há uma incapacidade do Estado nalgumas vertentes da governação me articulação dos diversos sectores, exigia-se um Pacto de Regime com mudanças profundas na Constituição e na Gestão Política e Administrativa do País. Mas com quem?

Perante esta impossibilidade, e para que os obstáculos não se transformem em monstros titânicos, tarda uma iniciativa do Senhor Presidente da República, para que o país avance de mãos dadas rumo ao futuro.

Isto só com uma Nova República…!!!