A eleição na Ordem dos Advogados

ByAnselmo Agostinho

16 de Dezembro, 2023

Os tristes avençados do costume já andavam por aí a insinuar que as eleições para a Ordem dos Advogados iam ser viciadas, que não sei quê, que não sei quantos.

A verdade é que foram eleições concorridas, limpas e democráticas representando o espírito de abertura iniciado por João Lourenço em 2017. Respeitou-se a lei e respeitaram-se os procedimentos. Aqueles que dizem que não há liberdade em Angola, olhem para estas eleições.

Não sou advogado, nem jurista, não conheço nenhum dos candidatos, não tinha favoritos. É-me indiferente quem tenha ganho. Ao que me contam é o candidato da ruptura. É bem-vindo, que rompa e faça um bom trabalho.

O importante nestes eleições não foi quem ganhou, mas o modo como correram, apesar das maledicências do costume. Nessa medida, foram um passo na estruturação democrática civilizada do país.

As oposições confundem democracia com dizer mal, botar abaixo. Na realidade, são coisas diferentes, a democracia é competição aberta e saudável dentro dos limites da lei. O que acontece actualmente, em muitas áreas, é que a lei não é cumprida, não é que a democracia não o seja.

Têm de perceber que para a democracia funcionar, a lei tem de ser cumprida, caso contrário, é um caos.

Parece que estas eleições da Ordem dos Advogados cumpriram a lei e foram democráticas. Assim seja.

Quanto ao futuro Bastonário, a mensagem é a mesma: defender a justiça e os advogados dentro dos parâmetros da lei, deve ser o objectivo supremo.