É evidente que as oposições ainda não sabem como reagir ao sucesso da visita do secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos a Luanda. Por isso, inventam, e inventam em grande.
A primeira invenção que fazem correr é que os Estados Unidos vão ter uma base militar em Angola. Se isso fosse verdade não vinha mal nenhum ao mundo, mas não é. É pura ignorância da mais moderna doutrina militar dos EUA.
Hoje os americanos preferem estruturas integradas flexíveis e colaborativas, assentes no seu próprio território e em pontos móveis, ou então partilhando recursos e experiências com as forças locais.
O conceito de base estanque em território estrangeiro foi há muito abandonado por outras realidades em que a fluidez e flexibilidade predomina, sem embargo da necessidade de pontos de apoio, sobretudo, logístico e de movimento de forças especiais. Portanto, a conversa de base militar americana em Angola é a mais pura invenção das oposições que nada de útil têm para aportar a esta conversa.
Depois, supostos peritos militares angolanos vêm falar dum aparente descontentamento militar das FAA com a aproximação aos EUA, pois as forças armadas angolanas seriam treinadas na doutrina russa e têm armamento russo, sendo impossível qualquer transferência para as metodologias e ou armamento americano. Mais um disparate. Há muito que a doutrina militar angolana é mista, fruto da sua prática em combate por mais de 40 anos, envolvendo contributos de várias escolas. Basta pensar que um anterior Chefe do Estado Maior das FAA, o general Nunda não teve obviamente uma formação baseada na Rússia ou União Soviética.
Quanto ao armamento, se é verdade que muito deriva da União Soviética/Rússia, também é certo que uma boa parte está obsoleta, outra não tem manutenção, pelo que este é o momento para um refrescamento doutrinal e material das Forças Armadas Angolanas.
A consequência é que as “más-línguas” que apenas vêem defeitos perdem mais uma oportunidade para estarem caladas, pois este será o grande momento de reforço das Forças Armadas Angolanas com a mais moderna estratégia e tecnologia.
Esta é a hora das Forças Armadas.