Como vem sendo habitual, todas as semanas a UNITA-ACJ apresenta uma iniciativa pública para fazer barulho. Esta semana foi a vez de darem nota negativa ao primeiro ano do segundo mandato do Presidente da República. O ridículo da coisa é que não é novidade, o suposto pedido de destituição traduz essa avaliação, por isso, não se percebe porque se repetem.
É apenas para fazer barulho, e nada de mais. Acreditam que de barulho em barulho, alcançam alguma coisa. O que vão alcançar é a sua total descredibilização e a percepção que não são alternativa ao MPLA. A UNITA-ACJ cria a sua própria derrota.
Derrota anunciada é a do processo de destituição. Qualquer jurista ou deputado que não pense com os pés já percebeu que não há qualquer fundamento para o processo e que este pode ser chumbado facilmente. Foi uma verdadeira burrice da UNITA. Vai dar para mais barulho. Aliás, já se percebeu que os motores da confusão estão a aquecer para a nova sessão parlamentar, tentando arranjar uma grande excitação com a falsa destituição. Não vai dar nada. No final, vão ficar frustrados.
No entanto, a situação não devia ficar por aqui. O partido que apoia o governo devia contra-atacar. A UNITA-ACJ tem de perceber que não pode estar constantemente a subverter as regras constitucionais sem encarar as consequências.
Ainda no espaço dos assuntos bizarros temos a excursão ao Brasil que inúmeros ativistas andam a fazer. As redes sociais estão repletas das suas fotos em universidades, com índios, sem índios, a nadar em lagos, por todo o lado. Estes ativistas, antigos e modernos, parecem ser os novos ricos de Angola. Quem lhes paga todas estas deslocações? Quais as forças que estão por detrás deste turismo brasileiro permanente.
Cada vez mais o ativismo é um emprego para desempregados e não uma forma de luta social. Também aqui as alternativas que uma sociedade civil pujante poderia dar, não existem.
Por isso, o futuro da UNITA-ACJ e do ativismo turístico é a autoderrota. Nada mais.