Só uma democracia adulta, segura das suas instituições fundamentais de segurança e estabilidade, única em África Subsariana, pode permitir-se como hoje, em simultâneo, a ausência do Senhor Presidente da República, da Vice Presidente da República e do Ministro dos Negócios Estrangeiros, num tempo que se vive uma instabilidade regional bastante grave.
Esta admirável conquista contra tantas adversidades, dá a Angola uma maturidade e resiliência institucional, que não se compadece com cenas ridículas de quem no país não se insere num todo que urge preservar. as vertentes nacionais que assumem uma escala mediática tendem a ser tidas como parte do retrato de um país, que cabe a todos, mesmo todos, defender.
Numa altura em tantos angolanos vêm os seus serviços requisitados no estrangeiro, artistas, atletas, moda, assistimos a um degradante espectáculo protagonizado pela FAF Federação Angolana de Futebol, com suspensões, irradiações, com uma intervenção pública que afecta a imagem do país, que mesmo com a autonomia de que desfrutam, exige-se uma intervenção da Tutela governativa.
O recente fracasso da seleção nacional de basquetebol, é a imagem da balbúrdia que se vive no dirigismo desportivo, é nestes pormenores que não podemos apelar ou responsabilizar o Senhor Presidente da República, o associativismo é uma faculdade fundamental dos direitos da Sociedade Civil, mas cabe a ela mesma fiscalizar, exigir e preservar.
Também por isso, para que possa vir à tona um conceito novo na postura dos cidadãos naquilo que lhes pertence, apelamos a uma Nova República de Esperança.