Tantas pedras atiradas ao vento, muitas delas a alvos imaginários, até que uma cai no telhado e provoca um estrondo e põe tudo em pânico.
A licitude dos Serviços de Inteligência origina, sempre, sempre, a busca da verdade para que dela se extraiam legitimidades para atuações do Estado em prol dos cidadãos, a inoperacionalidade de uns não pode escamotear a ação de outros.
A UNITA reclamou e teve satisfeita a vontade de fazer um funeral condigno a Jonas Savimbi e outros militantes então falecidos, há centenas de famílias em Angola que desejam espiar a morte dos seus entes queridos, e há unanimidade de que na Jamba e não só, temos feridas abertas pela tirania e sadismo sanguinolento que não cicatrizaram.
Os horrores do Galo Negro são históricos, neles se doutrinou o fundamentalismo subversivo geminado por um primitivismo sem lei, e há responsáveis ainda vivos que tentam exibir uma moralidade apodrecida e nauseabunda pelo sangue que carregam nas próprias mãos.
Dois antigos oficiais de alta patente, hoje fugidos das represálias, Ynock Mangonga e Paulo Catarino, que contam em pormenor o que Kamalata Numa e Lukamba Gato fizeram na Jamba, e o Black Powel (Baptista Tchindande) fez em Mavinga, mães queimadas com filhos ao colo, com assistências à roda em festas. Este hediondo espetáculo visceralmente revoltante, foi cenário de muitas exibições de autoridade naquela terra, então, sem lei.
Foi na ausência de Jonas Savimbi que foi fuzilado o saudoso Wilson dos Santos e toda a família, o líder recebeu a notícia num hotel em Bruxelas a confirmar que N’Zau Puna e Samuel Chiwale tinham perpetrado o crime. O que fizeram a Waldemar Chindondo? Onde está Tito Chingunji? E Jorge Sangumba? E o general Fumo? E o general Bock? e as tantas mulheres que não cederam aos caprichos dos mandantes e pagaram a defesa da sua dignidade com a própria vida de maneira selvagem?
Será que Mihaela Webba defende este comportamento infame como fez, ainda esta semana, acusando de estarem a eliminar os seus um a um? É mais um ataque para sustentar a defesa?
Há na Jamba muitas ossadas, mas infelizmente há ainda mais cinzas, mas há dois generais vivos para identificarem o passado das chacinas, são eles Kamalata Numa e Baptista Tchindande, este último foi o comandante que mais queimou vivos soldados cubanos capturados.
Segundo a versão dos antigos oficiais da UNITA, Jorge Valentim, Jaka Jamba, e até Alcides Sakala, estiveram condenados a trabalhos forçados nas lavras a cavar de sol a sol.
A acção do SINSE pecou por tardia, e não deve debruçar-se apenas nos mortos, ainda hoje há escravatura no garimpo em zonas remotas do Cuando Cubango, gente que sustenta luxos em Luanda a troco de um prato de pirão ou arroz e um concuto mínimo.
Pena é que a PGR esteja distraída. Será medo? Será cumplicidade? Será incompetência?
Por uma Nova República…!!!