A queixa, cuja paternidade ninguém assume, do major corneteiro contra o general Miala é mais um episódio de comédia barata. No entanto, alguns meios resolveram levar a coisa a sério e fizeram entrevistas para saber se a Assembleia Nacional ia investigar o suposto caso.

É muita burrice. A Assembleia Nacional não é um órgão judiciário. Não tem de investigar nada.

Quem tem de investigar é a PGR, e o que a PGR devia fazer era levar este assunto ao âmago, e perceber a conspirata que está por detrás da papelada do major corneteiro, quem o mandou fazer isso, quem escreveu, quem divulgou, quem procura descredibilizar os órgãos de segurança do Estado.

Sendo um ensaio de comédia, o texto do major tem de ser levado a sério como sinal de tentativa de abalar o Estado de Direito e a Segurança Nacional. É uma tentativa fraca, amadora, mas não deixa de ser uma tentativa, devendo ser aprofundada e identificados os autores morais destes disparates, e presos.

João Lourenço inaugurou um tempo de tolerância que nunca tinha havido em Angola. Essa tolerância tem servido para o tentar derrubar e aos órgãos de Estado, por todos os meios. Contudo, tem de haver intolerância para com os intolerantes, caso contrário, estes ganharão a partida e uma ditadura terrífica corre o risco de ser implantada.

Há que reagir.