Nunca a UNITA conseguiu impôr-se publicamente pela força popular, mesmo na Luta de Libertação foi a UPA e o MPLA que levaram o pânico aos colonizadores, não que o MPLA não tivesse também alienados pela via da Casa do Império, sobretudo intelectuais, mas a UNITA surgiu e sobreviveu com os desmobilizados das Forças Armadas portuguesas e militarizadas com os Flechas.
A Unita surge sempre na mesa de negociações impulsionada a reboque da conjuntura, foi ao Alvor apoiado na Comunidade branca, formou uma força militar pós Independência com apoio do Apartheid racista sul africano, resistiu com apoio da CIA americana, chantageou as petrolíferas com ataques terroristas, e no esplendor da sobrevivência, foi salva na derrota militar e na derrocada política, pela visão misericordiosa de José Eduardo dos Santos.
É tradição esta adaptabilidade oportunística do Galo Negro, como é tradicional a arrogância e as múltiplas encenações de fazer crer uma força que na realidade nunca teve. É nessa tradição que se acumulam sinais que uma falsa encenação de partilha, querem Serviços de Inteligência, influência da Justiça, sempre com a dualidade de critérios, uma negociadora e outra sabotadora.
Nas reuniões que decorrem na diáspora, nas manifestações que se programam no estrangeiro, nas mobilizações internas, está, invariavelmente, o espectro do derrube de João Lourenço, e a defesa intransigente dos marimbondos, encenando até, uma oposição ao PGR para que o legitime no lugar “ad aeternum”. A UNITA capturada pela FPU do psicopata ACJ “Bétinho” e do sacristão Chivukuvuku, é hoje uma sucursal do bloqueio que emana de um conjunto de agressores e oportunistas que têm uma visão de servidão em África, é inadmissível tanta subserviência e tanto recurso ao Exterior, para denegrir Angola e mutilar a dignidade e honorabilidade dos angolanos no mundo.