Nunca o Estado em todas as suas dimensões foi tão agredido e ameaçado como desde que o Psicopata ACJ “Bétinho”, capturou a UNITA e escondeu-se na clandestinidade da FPU, acolhendo taticamente o sonhador megalómano Abel Chivukuvuku, que apenas vê o Poder como alimento da sua ambição.
Esta correia arruaceira assente em terrorismo contra o Estado, contou com a adesão dos que comungam o regresso ao passado, diante da determinação de João Lourenço em acabar com a corrupção.
O Presidente da República desafiou o poder mais fortemente constituído em Angola, com a agravante de dispor de meios financeiros do saque, para minar tudo quanto pudesse valer na probidade da Coisa Pública.
As Forças Armadas, felizmente e para bem da Nação, adquiriram estatuto nacional e escaparam ao partidarismo, mas a Justiça colapsou, o Parlamento está em gestão corrente, e o Governo está numa confrontação diária com um prestígio internacional nunca antes conseguido e um suporte dos Serviços de Inteligência, que são reconhecidamente eficazes.
Mas há fissuras, há gente com um pé dentro e outro fora, há vias abertas à exploração e especulação, há toda uma panóplia de repetidas ações insanas que, escalpelizadas levam-nos sempre ao mesmo directório.
Vivemos num mundo em que é mais fácil adquirir instrumentos belicistas letais que farinha para fazer pão e ou medicamentos banais para estancar uma febre, como qualquer bactéria ou vírus, ou se estanca ou alastra, e mesmo silenciosamente pode ser fatal.
Há ódios ancestrais, desencontros com a própria história, eu mesmo reflito isso em mim, mas Angola tem uma população jovem dominante demograficamente, um trunfo para o futuro, é tempo de lhes dar um tempo novo, integrá-los na construção de novos desafios, onde a diversidade possa enriquecer o desenvolvimento.
Angola tem de estar acima dos Partidos, e a actualidade exige que elenquemos as causas e tracemos objectivos através de um Referendo que legitime, ou não, uma Nova República que contemple uma Nova Constituição ou que altere a actual para os desafios de um tempo novo.
O séc. XXI está a acelerar a mudança, o passado está cada vez mais distante, o futuro começou ontem, temos especificidades próprias, não temos que imitar ninguém, podemos aprender com erros alheios, mas sempre em busca da nossa verdade.