Gerou pânico noite a madrugada adentro o míssil que Isaías Samakuva lançou e atingiu em cheio o albergue em escombros, que ainda hoje não estão contabilizados os danos na fragmentada elite do Galo Negro.
A “rentrée” à grande e à francesa de Samakuva rompendo o ostracismo, gerou medo, aflição, insinuações, colocou a nú a fragilidade dos arrogantes analfabetos políticos funcionais.
Os estados maiores reuniram de emergência, as conspirações foram paralisadas pelo inimigo comum, e como aqui, ontem mesmo escrevi, o peso de cada palavra e cada gesto do Senhor Presidente da República, causam insónias aos valentões pigmeus da vacuidade.
Para a minoria que gravita em torno da liderança residual de ACJ “Bétinho”, é um regresso de Samakuva à política patrocinado por João Lourenço para dividir a UNITA.
Porém, para a poderosa oligarquia déspota familiar liderada por Lukamba “Miau” Gato, pode ser o embrião de um novo Partido com custos elevados para o Galo Negro.
Todavia, para o mais “matumbo” Kamalata Numa, pode estar em causa Isaías Samakuva vir a ser candidato do MPLA no Cuito, Bié, numa altura em que a ministra das finanças deu sinal para eleições autárquicas nas capitais de província.
Da nossa parte, sempre em busca da verdade, sem medo, contactamos os filhos de Jonas Savimbi, falamos com a matriarca Drª Helena Sakaita e Titi Savimbi, que nos confirmaram terem dado aval a Samakuva para a perspectiva da criação de uma Fundação, visto estar completamente incompatibilizados com ACJ “Bétinho” e estarem reconhecidos a João Lourenço pelo gesto da realização do funeral do pai.
Conhecendo o manual dos inquisidores dos mandantes Kwatchas, entendo que haja cautelas de Isaías Samakuva para garantir a sua integridade física, e que se prepare para a tempestade que virá a seguir. Para já o dinheiro das contas da UNITA em Londres, da venda de bens imobiliários em Luanda, que já sabemos, dão conta dos seus cinco filhos, 3 rapazes e duas raparigas, viverem em Inglaterra, todos em casa própria.
As nuvens estão negras, a tempestade só agora começou, esperemos que caiam as máscaras, e que nas sobras haja uma Justiça capaz de defender o interesse público para que tenhamos transparência e igualdade.